Yorranna Oliveira

Achei a imagem aí de cima pesquisando no Google. E ela define perfeitamente um pouco do que eu sou e da proposta do blog: tem de tudo um pouco, e um pouco de quase tudo o que gosto. Aqui você vai encontrar sempre um papo sobre música, cinema, comunicação, literatura, jornalismo, meio ambiente, tecnologia e qualquer outra coisa capaz de me despertar algo e a vontade de compartilhar com vocês. Entrem e divirtam-se!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Presente de Natal

Quer ganhar até dez livros? Então clica no link abaixo e se cadastra. A promoção tá bombando, então corre que ainda dá tempo!

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Casório na tribo

É o não é uma pauta super bacana?!

A Aldeia do Mapuera, no município paraense de Oriximiná, recebe nesta terça-feira (22), 300 casais pertencentes às etnias Wai Wai, Katwena, Xerwuiana, Hiskararyana, Mawaiana, Wadixana, Tunayana, Xowyana, Ckiyana e Caxuyana no primeiro casamento coletivo indígena do Brasil. O evento é promovido pela Defensoria Pública do Pará, através de um projeto um projeto idealizado pelo defensor público Mário Printes.
O objetivo é oficializar a união dos casais. São parceiros do projeto, a Câmara Municipal, a Secretaria do Interior do Município e a Associação dos Povos Indígenas do Mapuera - APIM.

Serviço:
Local: Aldeia do Mapuera em Oriximiná
Endereço: Aldeia do Mapuera em Oriximiná
Horário: 22/12/2009
Contatos: Gilla Aguiar - (91) 3201-2656 e 8129-7478

sábado, 12 de dezembro de 2009

Natal com muita música brasileira



Neste sábado (12), a cantora, compositora e percussionista carioca, Mart'nália se apresenta no Hangar - Centro de Conveções e Feiras da Amazônia. A partir, das 20h, a filha do sambista Martinho da Vila e da cantora Anália Mendoça canta os sucessos da carreeira num show gratuito no deck do Centro de Convenções. O evento integra a programação "Natal Hangar – Um Natal Para Todos". Além de Mart'nália outras atrações nacionais e locais passam pelo palco ao longo da semana. Ivan Lins abriu o evento nsta quinta-feira(10).Emílio Santiago também deu o ar da graça e da voz na sexta(11).

Mart´nália volta para reviver ou superar as expectativas de quem assisitiu seu show em Belém, durante o Fórum Social Mundial, em janeiro deste ano. O evento reuniu mais de 20 mil pessoas.

A cantora graças a profissão dos pais cresceu num ambiente repleo de música. Começou a carreira profissional aos 16 anos, fazendo vocais de apoio para o pai ao lado da irmã. Na década de 90, fez shows no circuito de bares,em pequenas casas noturnas e teatros cariocas. Com o passar do tempo, a música passou a reger a sua vida e, após o lançamento de oito discos, ela atraiu maior atenção da mídia e passou ter uma agenda consistente de shows em todo o país, abrindo caminho para turnês internacionais pela Europa e África. No Hangar, o som instrumental de Minni Paulo abrirá a noite para a sambista.

Com informações da ASCOM do Hangar.
Confira a programação:
Dia 17 - quinta: Orquestra Imperial
Dia 18 - sexta: Diogo Nogueira
Dia 19 - sábado: Roberta Sá e Geraldo Azevedo
Dia 20 - domingo: Luíza Possi
Dia 21 - segunda: Lecy Brandão
Dia 22 - terça: Teatro Mágico

Quer saber mais sobre a Mart'nália? Clica aqui:http://www.martnalia.com.br/

Veja um vídeo da cantora: http://www.youtube.com/watch?v=aA9FfMhUKcI

Serviço:
Entrada franca, com doação voluntária de brinquedos, fraldas, lençóis e toalhas brancas, que serão entregues a instituições de caridade. Informações: (91) 3344-0100.
Endereço:Av. Dr. Freitas, S/N

Investir em tecnologias limpas é lucrativo

Fonte: WWF - Brasil
Copenhague, Dinamarca - As tecnologias para a geração de energia limpa estão despontando como um caminho que traz inovação, sustentabilidade e lucratividade. Com isso, está em vias de se tornar o terceiro maior setor industrial mundial, segundo relatório da Rede WWF, divulgado hoje em Copenhague.

A construção de uma indústria forte em tecnologias limpas pode transformar um país em liderança mundial. Já é possível observar o pioneirismo de alguns países neste aspecto, como é o caso da Dinamarca, com a energia eólica, e do Brasil, com o biocombustível, que já lideram o conhecimento sobre essas tecnologias sustentáveis, além da Alemanha, que já vem desenvolvendo com sucesso iniciativas para a produção de energia eólica e solar.

O relatório da Rede WWF prevê que os ganhos das indústrias que desenvolvem essas tecnologias devem movimentar 1.600 bilhões de euros em 2020, atrás apenas da indústria de produtos eletrônicos e automóveis, ocupando o terceiro lugar no ranking industrial. Para se ter uma idéia comparativa, já em 2007, as tecnologias de energia limpa movimentaram 630 bilhões de euros, mais que a indústria farmacêutica.

A receita das vendas de produtos de eficiência energética em 2007 foi mais de cinco vezes a receita dos produtos de energia renovável. Porém, isso deve se alterar significativamente em 2020, com a taxa de crescimento das energias renováveis em 15% ao ano, que representa três vezes mais do que os ainda respeitáveis 5% das vendas de produtos e processos ligados à eficiência energética.

“Avaliando estes dados, chega-se à conclusão óbvia de que os governos e a iniciativa privada devem investir em tecnologias limpas – com subsídios e recursos diretos, respectivamente. Primeiro porque se trata da segurança energética do planeta. Segundo porque é lá, na energia limpa, onde estará o dinheiro. Claramente, a partir de uma perspectiva nacional, há muito a ganhar e nada a perder ao investir em energia limpa“, analisa Denise Hamú, secretária geral do WWF-Brasil.

Os bancos centrais podem ajudar, incentivando a inclusão do "risco carbono" no modelo financeiro. O acesso ao capital de risco também tem sido um fator para o sucesso da energia limpa nos países, que já estão buscando a liderança no desenvolvimento desse tipo de tecnologia. O relatório sublinha, também, a importância de se desenvolver um forte mercado interno para essas tecnologias. Isso permite às empresas experimentar, ganhar experiência e rapidez ao percorrer a curva de aprendizado, dando-lhes uma vantagem competitiva e dotando-as de referências e exemplos de projetos.

Os governos podem apoiar tais mercados domésticos com subsídios, energias renováveis, metas e políticas de contratos. Isso poderia beneficiar muitos países, como o grupo da União Européia, que se classificou em 18º lugar no ranking do PIB, atrás da Alemanha, mesmo em termos absolutos, e do Reino Unido, que ficou com a 19° posição. Ilustrando as oportunidades perdidas, a Austrália, que desperdiçou uma vantagem inicial de seus técnicos em energia solar, está classificada em 28°. A China é o quarto país classificado em termos de vendas absolutas e sexto em vendas relativas ao seu PIB.

Para o WWF-Brasil, renunciar a estas oportunidades por causa do velho hábito de se utilizar combustíveis fósseis poluentes, em razão das fortes pressões do lobby da indústria tradicional é uma demonstração de que se está agindo contra os interesses mundiais.

Sobre o WWF-Brasil
O WWF-Brasil é uma organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Segunda Chance

Agora você não tem desculpa para não assistir ao filme Bastardos Inglórios. É o mais recente trabalho do diretor de Pulp Fiction, Quentin Tarantino. O filme, depois de passar pelo circuitão dos cinemas em cadeia, chega ao circuito alternativo no Cine Líbero Luxardo, no Centur, sempre às 19h30. O ingresso custa R$ 5, com meia entrada pra estudante. Ah, chegue cedo, a sessão de ontem lotou.

O Centur fica na Avenida Gentil Bittencourt,650


Ver resenha sobre o filme:
http://screamyell.com.br/site/2009/10/13/bastardos-inglorios-de-quentin-tarantino/

Eu disse adeus

É por letras asim que Roberto Carlos é rei. Ser rei é ser foda. E Roberto é foda, muito foda.

Eu disse adeus
Nem mesmo eu acreditei
Mas disse adeus
E vi cair no chão
Todos os sonhos meus
Eu disse adeus
As ilusões também
E aos sonhos meus

Eu disse adeus
E vi o mundo inteiro
Desabar em mim
Queria ser feliz
E acabei assim
Me condenando a ter
Recordações, recordações

Vai ser tão triste olhar sozinho
Tudo, tudo o que era de nós dois
Mas foi melhor dizer adeus
Aquela hora
Prá não chorar depois

Eu disse adeus
Nem mesmo eu acreditei
Mas disse adeus
Pisei as ilusões e até
Os sonhos meus
Me veio o pranto e
Mesmo assim eu disse adeus
Eu disse adeus

Vai ser tão triste olhar sozinho
Tudo, tudo o que era de nós dois
Mas foi melhor dizer adeus
Aquela hora
Prá não chorar depois
Eu disse adeus

Declamado:

Eu disse adeus,
Disse adeus às ilusões

Presente adiantado

A semana que passou foi cheia de pequenas alegrias com os presentes da aniversário adiantado que ganhei de pessoas queridas. E o show do Cordel do Fogo Encantado na sexta-feira(4) foi um deles. A amiga Geisy havia comentado sobre o show deles no último dia da Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confitea). Eu havia escutado um burbirinho a respeito, mas depois diso fui atrás da informação pra ver se conferia mesmo. E pra minha alegria, sim, eles tocariam na cidade e numa apresentação gratuita no pier da Casa das Onze Janelas, na Cidade Velha.

Acho qu enão preciso de dizer que quase chorei nesse de tanta emoção. Ver um show do Cordel pela primer vez é uma experiência que mistura uma profusão de sentimentos. Estou rouca de tanto cantar e gritar. A barriga e os pès ainda doem de tanta que dancei. Ainda guardo a imagem do Gleidson hipnotizado pelo show, tanto que nem conseguia se mover, só dava pra ver os olhinhos brilhando. E da Wellighta, que parecia em transe assistindo o show.


E sem esquecer da cena no fim do show, quando o vocalista do Cordel deu o pandeiro para um fã na multidão. O show acabou e uma disputa insana começou em seguida para ficar com o instrumento. Pensei: isso que fé. Umas seis pessoas mais ou menos pularam em cima do "Balão", como alguns conhecidos diziam. Era puxa daqui, puxa de lá. Ninguém queria deixar de lutar pelo objeto. Até que de tanto o povo legitimar "Balão", como o verdadeiro novo dono, a contenda parou. mas o coitado até ficou jogado de bruços no chão, até se convecer que ninguém mais ousaria de tirar o pandeiro dele.

Só posso dizer que saí de lá feliz.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Com um fogo danado para ser encantada

Sim, meus caros, eles estarão aqui. A banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado se apresenta em Belém nesta sexta-feira (4). Gente, eu preciso dizer que vou chorar quando finalmente vê-los ao vivo e me rasgar de tanto dançar e cantar até a rouquidão?

O show será no pier da Casa das Onze Janelas, fechando a programação da 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confitea)

Quer saber mais? Clica aqui: http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=54259

Quer conhecer a banda ou matar a saudade? http://cordeldofogoencantado.uol.com.br/

“A Mulher Macaco” no palco da Unipop



Bem-vindos ao Circo Vitória, lugar onde a avareza, a luxúria e o incesto compõem o cardápio principal! No centro do picadeiro, um filho roubado, uma mãe não vingada e uma mulher castigada pela vida tecem, em diferentes mundos e tempos, a trama de existências satélites.

O novo espetáculo do Grupo de Teatro da UNIPOP, “A Mulher Macaco”, apresenta a história de um circo sem glamour, maltratado pela vida e seus algozes, onde os que vivem daquela arte perderam-se num cotidiano sem brilho, indigno e cheio de vícios. A montagem é resultado do Curso de Iniciação Teatral da UNIPOP de 2009, e estréia no dia 3 de dezembro, às 20h, no Porão Cultural da UNIPOP.

Construído a partir de uma livre adaptação do texto “A Mulher Macaco”, do ator e dramaturgo paraense Paulo Faria, o espetáculo aborda temas universais e polêmicos sobre a condição humana, como a violência, a ganância e o amor.

"Não importa lugar ou região, sempre estamos próximos dos mais diversos tipos de violência, das questões envolvendo a família e da miséria de valores, que pode estar num circo fictício ou em qualquer outro cenário", explica a arte-educadora Marluce Oliveira.

Ela dirigiu o processo de criação colaborativa ao lado dos 17 atores, entre estudantes do Curso de Iniciação Teatral e integrantes do Grupo de Teatro da UNIPOP, que em 2009 trabalharam em parceria.

Com figurinos de Maurício Franco, maquiagem de Carol Dominguez e iluminação de Luis Faísca e Adriane Gonçalves, "A Mulher Macaco" será apresentado nos dias 03, 04, 05, 09,10 e 11 de dezembro. A entrada é franca!


UNIPOP

O Curso de Iniciação Teatral integra, ao lado do Grupo de Teatro, o Projeto Arte Educação do Instituto Universidade Popular (UNIPOP), organização não-governamental que há mais de 20 anos contribui para a mobilização, articulação e formação de movimentos sociais na Amazônia.

Fundamentada na educação popular e na promoção, defesa e garantia dos direitos do homem, a UNIPOP luta, ao lado de diversas instituições sociais, por uma nova cultura política de participação e por um desenvolvimento democrático, sustentável e com justiça ambiental.


Serviço:
Espetáculo “A Mulher Macaco”
Data: 03, 04, 05, 09,10 e 11 De Novembro de 2009.
Hora: 20h
Local: Porão Cultural da Unipop (Av. Senador Lemos, 575. Entre Dom Pedro e Dom Romualdo de Seixas)
Entrada Franca! (Com rodada de chapéus ao final)

TEXTO: Andréa Mota (ASCOM UNIPOP)

FOTOS: Adriane Gonçalves

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Velas na Tapera"

Esse é o título do primeiro romance do escritor, poeta e dramaturgo Carlos Correia Santos. "Velas na Tapera" foi lançado ontem, no Centur,no hall da Galeria Ismael Nery. Nery por sinal, já fez parte de uma dos mais famosos textos de Carlos: Nu Nery. A trama de "Velas" se passa em Fordlândia, uma cidade erguida pela Cia Ford nas entranhas da Floresta Amazônica, no interior do Pará, nos anos 20. A empresa produzia látex usado na fabricação de pneus, que seriam utilizados pela empresa automobilística.

Carlos Correia postou em seu blog, logo quando saiu o resultado do concurso, em setembro deste ano. Acompanhe:

PARTE SEGUNDA

Trecho XXIII

O sol. Aceso. Vela sazonal no céu azul. A acender memórias e sensações. Foi como se o sol mais forte ficasse quando Rita serenou seus passos descalços em frente ao grandioso prédio da antiga serraria. A luz do dia clareou distâncias nos olhos da mãe viúva-órfã. Distâncias no tempo. Antes de prosseguir com o que fora ali fazer, correu um demorado apreciar pela fachada do lugar. O silêncio da ruína. Era possível enxergar silêncios no lento desfazer-se exposto pelo prédio. E seu lento apreciar foi deslizando pelos detalhes todos. A estrutura ampla e alta, dona de contornos geométricos. Inteira fabricada em Michigan e transportada peça por peça para ser montada naquelas paragens... Tudo transformado em mutismo... Tudo... Deixou o esquadrinhar fluir para a ainda imponente caixa d´água que ficava a alguns metros. Trouxe-o de volta para a construção a sua frente...

Respirou fundo.

Por fim, iniciou o resgate que decidira dar a si mesma. Num mover-se quase imaginário, entrou na abandoada serraria. Primeiro aquilo. Naturalmente aquilo: o vazio de um interior estagnado. Caminhou, caminhou. Passou pelos restos de maquinário. Deslizou a ponta dos dedos por equipamentos inertes, a um triz da ferrugem. Esquivou-se languidamente de sobras de vigas e restos de tábuas. Caminhou e caminhou pelo mudo presente de um rico passado...

O passado... Um longo migrar de ar pelas narinas.... O passado...

Era hora de trazer para o presente o passado...

Fechou os olhos lentamente.

E quando os reabriu...

A pleno pique funcionava a serraria do projeto Ford. Era preciso manter a produção de quarenta e cinco mil tábuas por mês. Era preciso. Talvez os homens todos que ali arrastavam horas e mais horas de trabalho sequer soubessem, mas suavam sua labuta na maior serraria da América Latina de então. A madeira gritando no corte preciso graças ao que parecia milagre: energia elétrica no meio da mata. Homens do mundo inteiro. Jornada intensa carregada nos ombros de homens do mundo inteiro. Entre eles, compenetrado, movimentos todos doados ao produzir... O texano Duncan Miller... As retinas de Rita cristalizaram-se... Era Duncan... Outra vez como sempre: inteiro perfeição para seus olhos... (...)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Novas da mangueirosa

Depois de me rasgar de forma insana durante os três dias do 4º Festival Se Rasgum, abro meu email e uma notícia muito boa chega. Bem ,é um novo espaço na realidade virtual que surge para divulgar e movimentar a cena cultural de Belém. O nome do lugar atende por Ecleteca Cultural. É um nome feio, esquisito e não fixa logo na mente, mas a ideia é bonita e tem um layout bacana.

Acessem para dar uma conferida. A partir de 21 de novembro , ele estará funcionando a todo vapor. Mas se quiser conferir logo é só clicar aqui: http://www.ecleteca.com.br/

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Martha Medeiros

Para Dani e para mim

A amiga Dani Franco anda respirando Martha Medeiros nos últimos tempos. Dani, assim como eu,adora a escritora. Nesse onda, eu parei o fim de semana pra reler os livros que eu tinha em casa dessa cronista. Não vou ficar tecendo muitos comentários sobre ela. O ideal é que você vá na livraria mais próxima, compre um livro da autora e devore numa tarde de domingo ou numa viagem de ônibus da casa para o trabalho ou escola. Ou seja lá que lugar for. Mas garanto, a leitura é deliciosa e corre assim solta, leve. Quando se der conta, o livro acabou sem você perceber.


http://www.releituras.com/mamedeiros_menu.asp

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cinema e Direitos Humanos na tela do Luxardo

Trinta e nove produções de dez países da América do Sul integram a programação da 4ª edição da Mostra de Cinema e Direitos Humanos da América do Sul. A mostra começa hoje(22) e vai até 1º de novembro, no Cine Líbero Luxardo, no Centur. Tudo inteiramente de graça e com nomes importantes do cinema brasileiro e de outros países, como Tata Amaral, Francisco Lombardi, Walter Salles e Daniela Thomas, Jia Zhang Ke, José Padilha, Apichatpong Weerasethakul, Idrissa Ouédraogo e João Jardim.

Confira tudo aqui:
http://www.guiart.com.br/index.php?pg=e&id=7485

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Com os dias contados

Fonte: WWF - Brasil

Temos apenas cinco anos para iniciar uma revolução industrial de baixo carbono antes que as mudanças climáticas entrem num ciclo de aumento retroalimentado e não possam mais ser contidas. Esse é o resultado do novo estudo da Rede WWF: Soluções Climáticas 2. A boa notícia: isso é possível e, a longo prazo, há grandes benefícios para a humanidade.

Pela primeira vez um relatório sugere cronogramas para as transformações industriais necessárias para limitar as emissões globais de gases de efeito estufa para que o aumento médio da temperatura do planeta se limite a 2 ? C, se comparado a temperatura do período pré-industrial. Esse é o patamar considerado seguro pelos cientistas que estudam o aquecimento global.

O relatório da Rede WWF foi elaborado pela empresa Climate Risk, conhecida pelo seu trabalho na área de mudanças climáticas para seguradoras e construtoras da área de infraestrutura.

O estudo concluiu que para os países que possuem economia de mercado, depois de 2014, o crescimento industrial desordenado tornará impossível o cumprimento das metas de redução necessárias para manter o aquecimento global abaixo de 2 ° C. O relatório também revela que as medidas de mercado por si só não serão suficientes para obter reduções de emissões na escala necessária e que atrasos no início dessa mudança econômica irá requerer níveis cada vez mais maiores e diretos de intervenção na economia.

"A transformação vai exigir um crescimento de indústrias limpas e eficientes acima de 20% ao ano durante um período de décadas", afirma Kim Carstensen, líder da Iniciativa Global da Rede WWF sobre Clima. "As modelagens do relatório Soluções Climáticas 2 mostram como podemos sustentar essas taxas de crescimento, mas também deixa claro será a revolução industrial mais rápida que a humanidade já testemunhou", aponta.

"O resultado deste relatório é, na verdade, um aviso pragmático, sério e urgente aos líderes mundiais de que há uma chance para deter o aquecimento global, mas temos de agarrá-la rapidamente", analisa Carstensen.

O caminho a seguir, de acordo com o relatório, é a ação simultânea de redução das emissões de gases de efeito estufa em todos os setores, com as medidas de mercado apoiadas por várias políticas como estabelecimento de padrões de eficiência energética, atribuição de tarifas diferenciadas para energias renováveis e o fim dos subsídios para a utilização de combustíveis fósseis.

Os modelos e dados históricos mostram que o desenvolvimento seqüencial das indústrias, que resultaria da confiança indevida em um único mecanismo, como o aumento do preço do carbono, tornará impossível o cumprimento das metas de redução de emissões a tempo. Indústrias tentarem se adequar ao sistema depois terão de crescer mais rápido e serão mais duramente afetadas pelas de recursos disponíveis e especialização técnica.

"Esta análise mostra que podemos vencer a luta contra as mudanças climáticas perigosas se transformarmos todos os setores da nossa economia ao mesmo tempo, com foco em setores-chave e criação de ambientes de investimento estáveis a longo prazo que não busquem retorno dos investimentos no curto prazo", afirma Stephan Singer, líder da Iniciativa Global de Energia da Rede WWF.

Os setores que vão liderar essa transformação são geração de energia renovável, eficiência energética, agricultura sustentável de baixo carbono, políticas florestais sustentáveis e captura e armazenamento de carbono. Esta análise mostra que o Brasil deve se preparar hoje para um futuro de baixo carbono, atento a novas oportunidades e mantendo seu crescimento econômico competitivo e limpo.

Com a revolução industrial limpa em curso e apoiada por uma estrutura política forte, todas as fontes de energias renováveis se tornarão competitivas em comparação aos combustíveis fósseis entre 2013 e 2025. Essa é uma estimativa muito conservadora que se baseia em aumentos anuais de preços da ordem de 2% para os combustíveis fósseis e nenhuma elevação no preço do carbono.

"O vento, o mar e o sol vão custar o mesmo hoje, amanhã e no futuro, ao contrário do carvão", aponta Singer. "Esses elementos podem ser a base para um mundo mais limpo, onde o abastecimento de energia é mais seguro e temos mais chance de evitar o superaquecimento do planeta. Dessa forma, não estarão em risco nossas cidades, a produção de alimentos e o meio ambiente."

O Soluções Climáticas 2 calcula que o investimento extra a nível mundial deverá ser de 17 trilhões de dólares até 2050, ou 10 vezes o PIB brasileiro em 2008. Estima-se que o valor injetado volte aos bolsos dos investidores em 2027 e, em alguns casos, até mesmo antes.

Na área de tecnologias renováveis, o investimento acumulado em todo o mundo até 2050 totalizará 7 trilhões de dólares. Porém, espera-se que os investidores recebam de volta de cerca de seis vezes mais que o valor inicial.

"O relatório estabelece um limite que não podemos ultrapassar", diz Castensen. "Ele reforça que estamos num momento crucial de nossa história em que o que fizermos agora determinará o futuro da humanidade."

"A base para essa transformação tem de ser estabelecida em Copenhague em dezembro, com a assinatura de um acordo global de clima justo, eficiente e ambicioso".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Agenda Cultural

Final de Semana não é pra ficar em casa. Final de semana é pra pegar uma máquinha fotográfica, um bloquinho de anotações, caneta na mão, vestir uma bermuda ou calça jeans, blusa básica e cair na folia cultural.

Hoje, tem uma jantar com direito a meditação e massagem na Casa Antar Rohit.
E no sábado a programação já começa pela manhã e vara a madrugada:
9h - Exposição "Olhar Ribeirinho".
15h - Festival Fora da Panela.
22h - Lançamento do Videoclipe "Unfaceless Bride" da Banda Vinil Laranja
22h - Ins' anos 90 - Djs Damasound, Salsicha, Fernando Souza,Bandini e Convidados


Tem mais coisa rolando na cidade. Para saber mais, acesse o site: www.guiart.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quarta e quinta. Dois dias sem fim....

Nas últimas horas uma música horrenda domina minha mente. É um daqueles tecnobregas assimilados por osmose, que tem na letra frases assim: “eu vou beber pra esquecer meus probremaaaa”. Meus caros, a coisa ficou roça. Por outro lado, a música pelo menos me faz rir...se estivesse ouvindo outras que só me fazem chorar...(essas eu vou deixar numa caixa bem escondida pra não cair na tentação de botar pra tocar. Chorar cansa, esgota e dá ruga). Ainda bem que o final de semana está na minha porta. Não será o mais agradável de todos, mas ao menos terá rock e vou conhecer novas bandas e sonoridades (assim espero) com o Festival Fora da Panela, que vai rolar no Memorial dos Povos, neste sábado (17), a partir das 15 h. Quem sabe eu também não dou uma passada pelo lançamento do videcolipe da música “Unfaceless Bride”, da banda Vinil Laranja, no Espaço Cultural da Cidade Velha.

Quase fiquei animada...vamos ver se terei ânimo até lá.

"Uma porrada lírica"

Muitos livros têm me espancado com palavras. Mas o espancamento é no melhor de todos os sentidos: o artístico, o poético, o capaz de tocar e comover.
http://www.screamyell.com.br/literatura/douglascopland.htm

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Três dias de espancamento cultural

Nelson Rodrigues dizia: “Mulher gosta é mesmo de apanhar”. Mas se a “porrada” em questão for artística ou estética, ela se estende a todos, independentemente do sexo. Porque o ateliê cultural Corredor Polonês promove nos dias 8, 9 e 10 de outubro o Surra de Arte. Três dias de muita atividade nas áreas de fotografia, cinema de rua, teatro, artes plásticas, música, literatura entre outras vertentes. Uma temporada para deixar marcas pelo corpo e pela mente.


Leia a matéria na íntegra aqui: http://www.guiart.com.br/index.php?pg=4&id=7452

Paraense é selecionado pelo MinC

“Juliana contra o Jambeiro do Diabo pelo coração de João Batista”. O nome pomposo é título de um dos três roteiros da região Norte selecionados pela Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura (MinC) este ano na categoria “Curta Metragem de Ficção”. “Juliana”, do cineasta paraense Roger Elarrat, apresenta uma viagem pelo universo do realismo fantástico. O curta é um “road movie” na Amazônia, e tem como cenário as cidades de Belém e São Caetano de Odivelas (nordeste paraense).

Para ler a matéria completa, clique no link abaixo:
http://www.guiart.com.br/index.php?pg=4&id=7447

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Só o institucional é feliz

Gente, antes de mais nada...um infinito pedido de desculpas pela minha ausência na festa de despedida dos estagiários. Foi por falta de locomoção, e não por falta de consideração. Durante a madrugada, a doença dos velhinhos me atacou. Meu reumatismo voltou a me atormentar, numa dor insuportável que foi parar no hospital e só passou pela manhã depois de uma injeção na bunda. Dói até agora, se serve de consolo (hehehe, sério). Fora a perda do meu celular para um trombadinha, na noite anterior. A história é hilária e merece um post à parte.

Mas o fato é que o reumatismo se apossou de mim. No entanto, acredito num fator psicológico para este inconveniente, muito a calhar, por sinal. Odeio despedidas. Elas sempre me entristecem e fazem chorar. A despedida interrompe histórias, decreta o fim. A despedida se infiltra em nossas vidas para dizer que acabou. Tudo bem, na nossa existência tudo tem o seu tempo e a sua hora. Mas diga lá, meu caro, quem não gostaria de adiar esses momentos infinitas vezes? Todos nós, pelo menos os instantes felizes.

Eu compreendi então, que a despedida não resume o fim propriamente dito. Nossa vida está cheia de pontos finais. Pontos finais existem para não deixar uma história incompleta, porque outras precisam começar. Comigo também será assim. E a Secom foi uma das muitas que completaram seu ciclo para abrir passagem para novos recomeços e possibilidades.

E todas as pessoas da Diretoria de Comunicação Institucional exerceram um papel importante na construção da minha história. Por isso, me acompanharão seja em carne e osso ou apenas em lembranças, eternizadas e arquivadas na minha memória. Sempre.

Como posso esquecer da dupla dinâmica Cintia e Glenda? As duas me ensinaram através de sua competência como deve ser um bom profissional. E claro, jamais esquecerei os almoços regados a palhaçadas insanas. Impossível almoçar sossegada com suas piadas infames (hahaah, eu não resisti). E como relegar ao abandono as cenas de desespero diante de uma missão quase impossível, porque para elas qualquer missão se torna possível. Acima, de tudo, Cintia e Glenda me ensinaram um pouco mais sobre o valor da amizade. Companheiras, elas choram e sorriem juntas em todos os momentos. Obrigada, meninas.

Graças a Secom, eu conheci a Dani. Ela se transformou na minha nova amiga de infância, tamanha a nossa afinidade. Na irmã mais velha que não tive, na conselheira de todas as horas, até meio mãezona (claro) com suas broncas e esculhambações quando eu pisava e piso na bola. Dani, obrigada pelos conselhos, pelas trocas de conhecimento, pelas discussões diárias e infindáveis sobre qualquer assunto, pelos livros, pelos discos, por me ensinar sobre ato de ser mãe, pela Clarice Guti-guti, por fazer parte da minha trajetória e continuar nela por muito tempo. Que a nossa amizade sobreviva sempre.

Tem ainda o Arthur, palhaço incorrigível. O Fabrício, a fofura em pessoa (arrasa na rádio, menino. Você merece). Os meninos da distribuição. A Ana Delgado, com suas pernas incríveis (Ana Perna Boa como diz o David – ops tem ele também) e seu poder de convencimento, só possível a uma boa jornalista. O Gleidson, mesmo com todos os seus irritantes defeitos (quem não os têm)é meu melhor amigo, não vale, prefiro não tecer muitos comentários...ele é minha alma gêmea desde sempre. O conto Os Sobreviventes, do Caio Fernando Abreu resume bem a nossa amizade. Estaremos juntos até o fim. E saiba: eu tenho muito orgulho de você, amigo!

Pela Secom, eu conheci a Carol (pronunciando-se Queeeeerol pra ficar bem fresco), outra amiga para ficar. Com seu jeito meigo e doce, conquistou a todos, e pela competência como jornalista é exemplo de boa repórter e boa fotógrafa, completa mesmo, não é amiga? Uma repórter que sabe fotografar. Te agradeço, Carol, pelos ensinamentos também, e por me dar dois novos amigos: a minha amiguinhaaaa Gigi, e o Lucas. Duas fofuras mirins, as quais ao lado da mãe, eu cultivarei sempre um imenso carinho.

Não posso esquecer do Mário, com sua seriedade e conhecimento sobre política. Nem da Gerci, a chefe que pede desculpas por melhorar uma resposta. Sempre disposta a ajudar, a ensinar, a entender, a abrir concessões. Gerci, com sua entrega ao trabalho e às pessoas amadas, você me ensinou a ser uma pessoa melhor, muito obrigada também.

E, claro, há ainda a Waleiska, minha chefe querida, mui querida. Ela, entre outras pessoas aqui citadas, estará nos agradecimentos do meu TCC. Tagarela, estressada, competente, humorada, como poderia terminar este texto sem citá-la e agradecer pelos conselhos e broncas? Jamais, mesmo eu não seguindo todos os conselhos à risca, como deveria. Obrigada Leiska, por me deixar participar da oficina da Eliane Brum, aquele dia foi muito importante pra mim. Obrigada por me escolher como sua estagiária (lembro da entrevista de estágio até hoje). Eu aprendi muitas lições e saio da Secom com a cabeça repleta de informações, transformadas em conhecimento. A jornada no institucional foi um aprendizado. Obrigada por me sugerir o rumo certo a seguir. Desculpe se eu não superei ou ao menos alcancei as suas expectativas, eu tenho consciência dos meus erros e acertos. Obrigada por tudo.

O Yuri Potter (não lembro como escreve o nome dele, hehe), quando nos visitou ainda na Secom de Nazaré, comentou num misto de entusiasmo e frustração sobre a nossa felicidade. “Nossa como vocês são felizes aqui!”. Sim, Potter, somos felizes mesmo, até nas nossas misérias e mancadas. Nos damos bem, rimos juntos de tudo, de todos e de nós mesmos. E esse clima de descontração, mesclado a muito trabalho eu vou levar sempre comigo na minha jornada. Espero ser feliz assim em outros locais também. Se eu não for, tudo bem, a gente aceita e entende. Aos menos o institucional é feliz.


Abraços a todos,
Yorranna Oliveira

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Novo espaço para o cinema em Belém

Eles começam a se espalhar pela cidade. Estão nas escolas, faculdades, institutos de artes e fundações culturais. Na casa do amigo, do vizinho, na loja transada de um cara, do mecenas underground local. Basta um projetor decente, espaço confortável para pelo menos uns dez lugares, se forem mais, melhor ainda, e juntar tudo a isso a turma de cinéfilos disposta a exibir, discutir e falar sobre cinema. Pronto! Um novo cineclube está formado. E Belém ganha esta semana outro espaço como esse, o Inovacine - parceria entre Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Associação Paraense Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e a loja Ná Figueiredo. A cada quinze dias, sempre, às segundas-feiras, no espaço Ná Figueiredo, a Fapespa realiza uma sessão cineclubista com a curadoria da APJCC.

Para ler a matéria na integra clique aqui: http://www.guiart.com.br/?pg=4&id=7430

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Web em foco

“Para entender a Internet: noções, práticas e desafios da comunicação em rede” é um livro feito para a realidade virtual, desde o seu processo de concepção. Organizado por Juliano Spyer, reúne 37 textos de profissionais e estudiosos da Web sobre os assuntos que envolvem o tema. Eles contam suas experiências, discutem o passado, o presente e o futuro dessa nova - nem tão nova assim - ferramenta da comunicação humana.

A interatividade marca a publicação. Todos os artigos têm o email de cada autor, para que o leitor mande críticas, sugestões, comentários. Indique erros e participe da construção em constante movimento da obra. Afinal, o livro foi realizado em um mês e nem sequer foi revisado para não aumentar os custos da produção. Cada autor mandou o texto, com uma, duas, no máximo três páginas antes do prazo, conforme Juliano adianta na apresentação. Alguns entenderam a idéia do livro, idealizado tanto para o leitor leigo como para quem já tem plena afinidade com as infinitas possibilidades da rede.

Textos leves e curtos, em fonte bem maior do que as minúsculas letras dos livros comuns, “Para entender a Internet” traz para o debate assuntos como Cultura do Remix, Cyberpunk, Twitter, Jornalismo Colaborativo e outros termos repletos de links para o leitor/internauta mergulhar em novas conexões e se achar nelas, ou se perder de vez. A leitura é leve e rápida, graças aos textos curtos em tom de conversa. Alguns autores parecem aquele amigo ou vizinho que comenta com você o resultado do futebol, o acidente de trânsito da noite anterior.

No entanto, há textos capazes de obscurecer ainda mais o tema, como os artigos Beta e Web 2.0. Surge uma vontade de fechar a janela e partir para outras paragens da rede. Ou pular a página. Mas a curiosidade persiste em terminar o texto Por outro lado, os trabalhos sobre cultura do remix, cyberbulling, rede social, ecologia digital, lei eleitoral e internet, lixo Eletrônico, pirataria, privacidade, spam, voluntariado em rede e outros envolvem. E por dizerem muito em tão poucas páginas, deixam a sensação de vazio. Despertam o interesse por mais informações e novos conteúdos. Provocam e convidam para a imersão total nas teias invisíveis da rede.

Com erros e acertos, a tentativa de Juliano Spyer cumpre sua missão ao levantar o debate sobre a Internet. E ao abrir espaço para a contrapartida do leitor, através do blog do livro http://paraentenderainternet.blogspot.com/, essa possibilidade se expande e rompe fronteiras.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O novo encontro das bandas que ajudaram a consolidar o rock Brasil

Para uns, eles continuam em forma. Para outros, perderam a verve criativa de sua música com os anos de estrada. Envelheceram e não conseguiram se renovar. Se é verdade ou mentira, equívoco, exagero, gosto ou opinião, Paralamas do Sucesso e Titãs mostram se o som produzido continua jovem e vivo, com a técnica e a qualidade que a experiência traz. As bandas se apresentam juntas em Belém nesta sexta-feira (25), no Cidade Folia, a partir das 21h.

Para ler a matéria inteira, clique no link abaixo:
http://www.guiart.com.br/index.php?pg=e&id=7422

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um olhar sobre a impresa

Luís Gonzaga Belluzzo

Eu estava na ante-sala de uma médica, em Salvador. Sábado, dia 29 de agosto. E
apenas por essa contingência, dei-me de cara com uma chamada de primeira página
- uma manchetinha - da revista Época, já antiga, de março deste ano de 2009: "A
moda de pegar rico" - as prisões da dona da Daslu e dos diretores da Camargo
Corrêa.

Alguém já imaginou uma manchete diferente, e verdadeira como por exemplo, A moda
de prender pobres? Ou A moda de prender negros? Não, mas aí não. A revolta é
porque se prende rico. Rico, mesmo que cometendo crimes, não deveria ser preso.

Lembro isso apenas para acentuar aquilo que poderíamos denominar de espírito de
classe da maioria da imprensa brasileira. Ela não se acomoda - isso é preciso
registrar. Não se acomoda na sua militância a favor de privilégios para os mais
ricos. E não cansa de defender o seu projeto de Brasil sempre a favor dos
privilegiados e a favor da volta das políticas neoliberais. Tenho dito com certa
insistência que a imprensa brasileira tem partido, tem lado, tem programa para o
País.

E, como todos sabem, não é o partido do povo brasileiro. Ela não toma partido a
favor de quaisquer projetos que beneficiem as maiorias, as multidões. Seus olhos
estão permanentemente voltados para os privilegiados. Não trai o seu espírito de
classe.

Isso vem a propósito do esforço sobre-humano que a parcela dominante de nossa
mídia vem fazendo recentemente para criar escândalos políticos. E essa
pretensão, esse esforço não vem ao acaso. Não decorre de fatos jornalísticos que
o justifiquem.

Descobriram Sarney agora. Deu trabalho, uma trabalheira danada. A mídia
brasileira não o conhecia após umas cinco décadas de presença dele na vida
política do país. Só passou a conhecê-lo agora, quando se fazia necessário
conturbar a vida do presidente da República. O ódio da parcela dominante de
nossa mídia por Lula é impressionante. Já que não era possível atacá-lo de
frente, já que a popularidade e credibilidade dele são uma couraça, faça-se uma
manobra de flanco de modo a atingi-lo. Assim, quem sabe, terminemos com a
aliança do PMDB com o PT.

Não, não se queira inocência na mídia brasileira. Ninguém pode aceitar que a
mídia brasileira descobriu Sarney agora. Já o conhecia de sobra, de cor e
salteado. Não houve furo jornalístico, grandes descobertas, nada disso.
Tratava-se de cumprir uma tarefa política. Não se diga, porque impossível de
provar, ter havido alguma articulação entre a oposição e parte da mídia para
essa empreitada. Talvez a mídia tenha simplesmente cumprido o seu tradicional
papel golpista.

Houvesse a pretensão de melhorar o Senado, de coibir a confusão entre o público
e o privado que ali ocorre, então as coisas não deviam se dirigir apenas ao
político maranhense, mas à maior parte da instituição. Só de raspão chegou-se a
outros senadores. Nisso, e me limito a apenas isso, o senador Sarney tem razão:
foi atacado agora porque é aliado de Lula. Com isso, não se apagam os eventuais
erros ou problemas de Sarney. Explica-se, no entanto, a natureza da empreitada
da mídia.

A mídia podia se debruçar com mais cuidado sobre a biografia dos acusadores. Se
fizesse isso, se houvesse interesse nisso, seguramente encontraria coisas do
arco da velha. Mas, nada disso. Não há fatos para a mídia. Há escolhas, há
propósitos claros, tomadas de posição. Que ninguém se iluda quanto a isso.

Do Sarney a Lina Vieira. Impressionante como a mídia não se respeita. E como
pretende pautar uma oposição sem rumo. É inacreditável que possamos nós estarmos
envolvidos num autêntico disse-me-disse quase novelesco, o país voltado para
saber se houve ou não houve uma ida ao Palácio do Planalto. Não estamos diante
de qualquer escândalo. Afinal, até a senhora Lina Vieira disse que, no seu
hipotético encontro com Dilma, não houve qualquer pressão para arquivar qualquer
processo da família Sarney - e esta seria a manchete correta do dia seguinte à
ida dela ao Senado. Mas não foi, naturalmente.

Querem, e apenas isso, tachar a ministra Dilma de mentirosa. Este é objetivo.
Sabem que não a pegam em qualquer deslize. Sabem da integridade da ministra. É
preciso colocar algum defeito nela. Não importa que tenham falsificado
currículos policiais dela, vergonhosamente. Tudo isso é aceitável pela mídia. Os
fins, para ela, justificam os meios.

Será que a mídia vai atrás da notícia de que Alexandre Firmino de Melo Filho é
marido de Lina? Será? Eu nem acredito. E será, ainda, que ele foi mesmo ministro
interino de Integração Nacional de Fernando Henrique Cardoso, entre agosto de
1999 e julho de 2000? Era ele que cochichava aos ouvidos dela quando do
depoimento no Senado? Se tudo isso for verdade, não fica tudo muito claro sobre
o porquê de toda a movimentação política de dona Lina? Sei não, debaixo desse
angu tem carne.

Mas, há, ainda, a CPI da Petrobras que, como se imaginava, está quase morrendo
de inanição. Os tucanos não se conformam, E nem a mídia. Como é que a empresa
tornou-se uma das gigantes do petróleo no mundo, especialmente agora sob o
governo Lula e sob a direção de um baiano, o economista José Sérgio Gabrielli de
Azevedo? Nós, os tucanos, pensam eles, fizemos das tripas coração para
privatizá-la e torná-la mais eficiente, e os petistas mostram eficiência e ainda
por cima descobrem o pré-sal. É demais para os tucanos e para a mídia, que
contracenou alegremente com a farra das privatizações do tucanato.

Acompanho o ditado popular "jabuti não sobe em árvore". A CPI da Petrobras não
surge apenas como elemento voltado para conturbar o processo das eleições.
Inegavelmente isso conta. Mas o principal são os interesses profundos em torno
do pré-sal. Foi isso ser anunciado com mais clareza e especialmente anunciada a
pretensão do governo de construir um novo marco regulatório para gerir essa
gigantesca reserva de petróleo, e veio então a idéia da CPI, entusiasticamente
abraçada pela nossa mídia. Não importa que não houvesse qualquer fato
determinado. Importava era colocá-la em marcha.

Curioso observar que a crise gestada pela mídia com a tríade
Sarney-Lina-Petrobras, surge precisamente no mesmo período daquela que explodiu
em 2005. Eleições e mídia, tudo a ver. Por tudo isso é que digo que a mídia
constitui-se num partido. Nos últimos anos, ela tem se comportado como a
pauteira da oposição, que decididamente anda perdida. A mídia sempre alerta a
oposição, dá palavras-de-ordem, tenta corrigir rumos.

De raspão, passo por Marina Silva. Ela sempre foi duramente atacada pela mídia
enquanto estava no governo Lula. Sempre considerada um entrave ao
desenvolvimento, ao progresso quando defendia e conseguia levar adiante suas
políticas de desenvolvimento sustentável. De repente, os colunistas mais
conservadores, as revistas mais reacionárias, passam a endeusá-la pelo simples
fato de que ela saiu do PT. É a mídia e sua intervenção política. Marina, no
entanto, para deixar claro, não tem nada com isso. Creio em suas intenções de
intervenção política séria, fora do PT. Neste, teve uma excelente escola, que
ela não nega.

Por tudo isso, considero essencial a realização da I Conferência Nacional de
Comunicação. Por tudo isso, tenho defendido com insistência a necessidade de uma
nova Lei de Imprensa. Por tudo isso, em defesa da sociedade, tenho defendido que
volte a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Por tudo isso, tenho dito que a democratização profunda da sociedade brasileira
depende da democratização da mídia, de sua regulamentação, de seu controle
social. Ela não pode continuar como um cavalo desembestado, sem qualquer
compromisso com os fatos, sem qualquer compromisso com os interesses das
maiorias no Brasil.

Luís Gonzaga Belluzzo é economista da UNICAMP

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amazônia e WWF Brasil

No dia 21 de setembro, às 16h10, as áreas protegidas da Amazônia terão destaque na programação do WWF-Brasil, no VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC). Em evento organizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Socioambiental (ISA), será anunciado o início da fase 2 do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e lançado o mapa Amazônia Brasileira 2009.

O Arpa investirá na criação de novas áreas protegidas na Amazônia e na consolidação e sustentabilidade financeira das áreas já existentes para que o Brasil alcance resultados de conservação da biodiversidade e dos ecossistemas.

Durante o lançamento, o MMA anunciará os objetivos e as diretrizes para a implementação da segunda fase do Arpa, no início de 2010. Durante essa nova etapa serão apoiadas unidades de conservação que somam 20 milhões de hectares, além das já apoiadas atualmente. Até agora, o Arpa dá suporte a 63 unidades de conservação, num total de 34 milhões de hectares.

Nesse contexto de começo de uma nova etapa do Arpa, será lançado o mapa Amazônia Brasileira 2009. A edição destaca as unidades de conservação apoiadas pelo programa e serve como um importante instrumento de trabalho e divulgação das áreas protegidas na Amazônia.

Composto pelas quatro edições anteriores, o mapa realizado pelo ISA - com apoio do WWF-Brasil -, apresenta uma face da complexidade socioambiental da Amazônia Legal, representada por seus aspectos naturais e por áreas protegidas.

SERVIÇO:
21/09 – Segunda-feira – 16h10
Anúncio da Fase 2 do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e lançamento do Mapa Amazônia Brasileira 2009

Representantes:
Anael Aymoré Jacob ou Maria Cecilia de Brito, MMA
Claudio Maretti, WWF-Brasil
Enrique Svirsky, ISA

Sobre o Arpa:
Resultado de parceria entre governo federal, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FunBio), Banco Mundial, Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW), Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ) e WWF-Brasil, o Programa Áreas Protegidas da Amazônia é coordenado pelo MMA e implementado pelas instituições de gestão de unidades de conservação como o ICMBio (federal) e os sete estados amazônicos (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins).

Para conferir a programação completa do WWF-Brasil no CBUC, acesse: www.wwf.org.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Amazônia em foco

Não li nenhuma matéria sobre isso nos jornais locais e/ou sites. Se alguém tiver lido, por favor mande o link.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/floresta-amazonia-flora-fauna-cientista-ecologia-497813.shtml

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Belo Monte

Christina Machado

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) indicou o projeto de geração de energia elétrica denominado Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte, localizado no Rio Xingu, no estado do Pará, prioritário para efeito de licitação e implementação. A resolução está no Diário Oficial da União de hoje (11).

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a prioridade se deve à importância do projeto para o Brasil. A hidrelétrica vai ser a segunda maior do país depois de Itaipu, com capacidade de geração estimada em 11,2 mil megawatts. O leilão será realizado em novembro.

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte vai integrar o Submercado Norte e estará conectada à Rede Básica na Subestação de Xingu. O projeto leva em conta a importância estratégica de parcelas de terras banhadas pelo Rio Xingu para a conservação da diversidade biológica e a proteção da cultura indígena, segundo a resolução.

O projeto também determina que o potencial hidroenergético a ser explorado será apenas aquele situado no Rio Xingu, entre a foz e a sede urbana do município de Altamira. O edital do leilão de compra deverá prever a constituição de uma sociedade de propósito específico (SPE) no caso de o vencedor da licitação ser consórcio, fundo de participação em investimentos ou empresa estrangeira.

A participação acionária conjunta de fornecedores e construtores não será superior a 40% no consórcio participante do leilão e a 20% na sociedade de propósito específico. O edital deverá prever também a possibilidade de ingresso de sócios estratégicos na composição acionária da SPE.

A exposição do vendedor no mercado de curto prazo estará limitada ao valor máximo vigente do preço de liquidação de diferenças, calculado periodicamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), levando em conta os custos variáveis de operação dos empreendimentos termelétricos disponíveis.


Fonte: Agência Brasil - EBC
Link: http://www.agenciabrasil.gov.br/

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Marina no PV

Fonte: Valor Econômico

"Funciono por metáforas", avisou a senadora Marina Silva ontem de tarde durante a sua filiação ao Partido Verde, em uma casa de eventos de São Paulo. Em seguida recitou um trecho de Guimarães Rosa para situar os 30 anos de trajetória política no PT, encerrada há poucos dias: "Será que você seria capaz de se esquecer de mim, e, assim mesmo, depois e depois, sem saber, sem querer, continuar gostando? Como é que a gente sabe?". Enxugou lágrimas, comoveu as 1.200 pessoas da plateia e prosseguiu, saudando os colegas do novo partido com Santo Agostinho: "Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei. É que estavas dentro de mim e eu estava fora de mim!" A plateia se levantou e reagiu: "Brasil, urgente, Marina Presidente!".

Sua possível candidatura à Presidência da República em 2010 depende, agora, do que ela vem chamando há dias de "revisão programática do PV". O processo já foi disparado. A intenção é que o PV atualize o programa elaborado em 1994. Uma série de seminários pelo Brasil alimentará a proposta. A estratégia deverá também filtrar os quadros que surgiram mais para preencher o requisito da cláusula de barreira (5% dos votos na Câmara) do que por sintonia com a agenda verde. "Não se trata de nenhuma caça às bruxas", avisa o biólogo João Paulo Capobianco, braço direito de Marina Silva à época do Ministério do Meio Ambiente e uma das 21 pessoas que integram a comissão formada para dar conteúdo ao PV, rever seu programa e ao final, promover uma "repactuação". "Quem não estiver afinado terá que sair", explica Capobianco. Isto feito, uma convenção, no começo de 2010, poderá cravar o nome de Marina Silva à disputa presidencial.

"Não tenho mais a ilusão da juventude, do partido perfeito, mas acredito que homens e mulheres de bem podem aperfeiçoar as instituições", disse ela. "Alianças são heterogêneas em todos os partidos, isso não é privilégio do PV", contextualizou, para, em seguida, falar na estratégia de construção de alianças e que deve levar em conta mulheres, jovens, empresários, movimentos sociais, academia, evangélicos, católicos. "Não devemos fazer nenhum apartamento de classes", sugeriu.

Marina Silva contou que no processo de desligamento do PT ouviu que não podia promover seu projeto de desenvolvimento sustentável para o Brasil dentro do partido que ajudou a fundar. "Concluí que não queria mais o embate para convencer daquilo que o mundo inteiro já está convencido" e que "buscaria o encontro com os que já estão convencidos." Continuou: "Não é um novo caminho, é uma nova maneira de caminhar". Na entrevista coletiva depois da filiação, sugeriu: "Precisamos permitir que surjam novas lideranças, com novos pensamentos, novas linguagens".

Ontem, saudada como o novo e mais brilhante nome do Partido Verde, a filiação de Marina Silva dava nova estatura ao PV. "Para mim é um momento de esperança da renovação verde, em sintonia com uma onda mundial de renovação política, com ecologia, e que é maior que os partidos", festejava Thomas Fatheuer, diretor-executivo da Fundação Heinrich Boell no Brasil, ligada ao movimento verde alemão. "Vivemos um momento especial, conectado com o futuro" disse a francesa Catherine Greeze, deputada dos verdes no Parlamento Europeu. Mario Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica, era outro que comemorava: "Nunca tanta gente me pediu ajuda para montar plataformas políticas ambientais", disse. "O efeito-Marina explodiu."

"Marina extrapola o sentimento partidário", avaliava José Rubens Pereira Gomes, o presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), que reune 623 grupos sociais da Amazônia. "Quando ela se candidatou a senadora pelo Acre, a mobilização era nacional, nunca vi isto antes."

Mas os desafios, agora, estão em lente de aumento. O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) dava pistas. "Tratamos da Amazônia e do buraco da camada de ozônio, mas também devemos tratar de temas menos glamourosos na Europa como as nove milhões de crianças no Brasil sem saneamento básico. O PV tem que dizer algo sobre violência urbana, tem que propor algo neste sentido."

"Fico honrada com o convite para ser candidata e pelo acolhimento popular, mas a minha decisão só acontecerá em 2010", avisou Marina ao deixar a festa onde gente de cabelo verde e gente com cachorros vestidos com slogans se misturava a atores como Cristiane Torloni e Victor Fasano, militantes, políticos, representantes indígenas, estudantes, empresários, professores e ambientalistas.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Momentos congelados


Foto: Hélder


Essa é uma das poucas fotos que conseguiram eternizar um momento, um instante. Queria esses cachos dourados, esse olhar juvenil até o fim. Mas sei que não será sempre assim. Congelo o momento, como tantos outros, na minha memória e neste espaço.

"Quando somente amar não basta"



Por Murilo Basso

Existem certas coisas com os quais você nunca aprende a conviver. O fim de um relacionamento, por exemplo, é uma delas. Nos deixa apreensivos, mas não podemos afirmar que seja uma tristeza, daquelas que irão nos acompanhar pelo resto de nossas vidas. É algo mais próximo da sensação de que algo está faltando. Ou melhor, de que por um determinado período, algo vai começar a faltar.

Quando Adriana (Érika Mader) se aproxima de Antônio (Gregório Duvivier), não era preciso dizer nada; ambos já sabiam que acabou. Até podem não querer acreditar ou aceitar, mas sabem. E “Apenas o Fim” é isso: a última hora de um casalzinho pra lá de clichê, a menina bonitinha que de repente decidiu sumir e o nerd fã de Star Wars que fica sem saber o que fazer (a culpa não é dele: quase ninguém sabe).

Como pano de fundo para a história mescle todos os elementos que julgar interessantes na cultura pop nos últimos dez anos, das Tartarugas Ninjas ao Super Nintendo, e tente dialogar com uma geração que fora diretamente influenciada por toda essa cultura – porque, para grande parte dela, “Transformers é melhor que todos os filmes do Godard”. Juntos!

E a tal última hora segue com Pokémons, Vovó Malfada e Hobbits (aliás, Peter Jackson certamente iria sorrir com a citação), em meio a risos e lágrimas que a simplicidade das situações vividas por Antônio e sua namorada proporcionam e, de algum modo, conseguem provocar pela maneira desavergonhada como são expostas, sem perder a leveza e usando o humor como disfarce para a profunda melancolia da história.

A forma como é retratada uma história pra lá de emotiva pode até parecer doce, ingênua ou até mesmo “adolescente” demais, mas todos que já viveram algum romance na vida sabem do que se trata e se sentem um pouco confortados; de lá pra cá, muita coisa mudou (ou, dependendo do ponto de vista, praticamente nada) e agora você sabe que não está sozinho no mundo.

Fruto de um projeto de alunos do curso de cinema da PUC-Rio com roteiro e direção de Matheus Souza, de apenas 20 anos, e orçamento bastante limitado, “Apenas o Fim” é o típico exemplo de algo que tinha tudo para dar errado (pelo pouco dinheiro, pela inexperiência), mas deu certo – muito certo. A influência direta é Woody Allen banhado em cultura pop, mas o filme também segue a linha inteligente da dobradinha “Antes do Amanhecer / Antes do Pôr-do-sol”, de Richard Linklater.

O jovem diretor faz uma espécie de recorte da realidade, investindo em diálogos rápidos e inteligentes, doses certas de bom humor e atuações seguras e competentes. Principalmente, Matheus Souza usa as limitações a favor da trama. A narrativa esbarra na pieguice em determinados momentos, mas acaba se justificando no discurso extremamente sincero dos personagens. E prova que pode sim existir vida inteligente na comédia romântica nacional.

“Apenas o Fim” é sobre quando somente amar não basta. É sobre quando a vontade de fugir só é maior que o medo de ficar. E, principalmente, sobre o amor e o fato dele andar lado a lado com as idéias mais loucas. É uma busca pelo futuro contido no presente. Nos faz pensar que algumas vezes, é preciso continuar em frente e a grande ironia é que muitas pessoas – eu, você e a maioria delas – não sabe seguir seu caminho. Afinal, já dizia Bob Dylan: “É impossível amar e ser esperto ao mesmo tempo”. Concorda? Bem, concordando ou não, dê uma chance.

http://screamyell.com.br/site/2009/08/26/apenas-o-fim/

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sem Raul

Materinha no site da amiga Carol Peres sobre Raul Seixas...

Para ler o texto, clique no link abaixo:
http://noticiasfoliacultural.blogspot.com/2009/08/o-site-folia-cultural-e-um-espaco.html

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Audiências de Belo Monte ocorrem em setembro

Carolina Medeiros

A hidrelétrica de Belo Monte (PA, 11.233 MW) terá quatro audiências públicas que estão previstas para a primeira quinzena de setembro. A informação foi dada nesta segunda-feira, 24 de agosto, pelo presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, durante o IV Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica. "As audiências públicas acontecerão nas cidades de Belém, Altamira, e cidades vizinhas à usina", contou o executivo. O empreendimento encontra-se em processo de licenciamento.

O prazo para requisição de audiências encerra-se no próximo dia 5 de setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e o plano do governo é de licitar a usina ainda neste ano. Quanto ao custo total do empreendimento, Muniz lembrou que o empreendimento deverá ficar entre US$ 1.000 e US$ 3.000 por kW. "De US$ 1.000 a US$ 3.000 por kW é a faixa de preço de uma boa hidrelétrica. Se considerarmos US$ 1.000 por kW, já teríamos US$ 11 bilhões", estimou. Considerando o teto, o montante passa para US$ 33 bilhões.

Transmissão - O sistema de transmissão de Belo Monte, de acordo com ele, será constituído pela linha de transmissão Tucuruí - Manaus-Macapá, que já está em implantação. Muniz explicou que a linha já prevê a instalação de uma estação coletora para a usina. "Nós temos um circuito duplo ligando Tucuruí a Manaus. Quando esse circuito duplo passar em Belo Monte, esse circuito, na prática, se transforma em quatro linhas de 500 kV, saindo de Belo Monte", destacou.

Segundo ele, cerca de 10 quilômetros separam Belo Monte da estação coletora e será a única LT a ser construída para a usina. "Por isso, o custo de transmissão será mínimo", disse. Ele contou ainda que não será preciso uma linha de transmissão somente para Belo Monte, porque a idéia é de que parte da energia da usina fique no Pará. "Como existe no Pará inúmeros projetos minero-metalúrgicos, é possível que parte da energia da usina fique no estado, o que faz com que apenas a LT Tucuruí-Manaus resolva", declarou.

Fonte: Canal Energia

domingo, 23 de agosto de 2009

Listinha

Livros que tenho desejado:

Disparos do front da cultura pop
Rock’n’roll: Uma história social
Clube do Filme
1.001 discos para ouvir antes de morrer
As portas da percepção
Almanaque do rock
Bill Graham: Minha vida dentro e fora do rock
Biografias...não tenho biografias de bandas, cantores....
Gente meu niver tá pertinho: 7 de dezembro. Então, já dá pra organizar as finanças e incluir meu presentinho na lista de compras,hehehe!!!!

"Desidratados de sonhos"

Por Dani Franco

Políticos, militantes, ambientalistas, jornalistas, estudantes de comunicação. Todos queriam chegar perto daquela que é apontada como uma das 50 pessoas que podem salvar o planeta. Marina Silva dispensa apresentações, sua presença é sentida ao largo e seu discurso entra como flecha certeira em cada mente atenta.

Convidada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), para palestrar na 7ª edição do projeto “Jornalismo Ambiental: os desafios da cobertura na Amazônia”, em Belém, na última quinta-feira, dia 20; Marina Silva chegou à cidade já em clima de campanha.

Militantes do Partido Verde a acompanharam desde o aeroporto até o Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, onde uma hora antes do evento uma aglomeração já se formava. As camisetas dos partidários informaram: “Marina é Amazônia”. E é o que parece mesmo. Não é difícil ver na senadora um sinônimo para a região, a singeleza e grandeza de uma podem ser facilmente representadas na outra.

Do lado de fora do complexo da Estação das Docas, Marina foi parada pela imprensa e informou que responderia a todos ali mesmo, pois não queria dar entrevistas “picotadas”. Depois, durante a palestra no teatro, ela se justificaria dizendo que por ser produto da notícia, é comum ver suas falas serem descontextualizadas.

- O problema é dizer parte da verdade como se fosse a verdade - avisou.

Foi assim, relembrando a ética, conclamando-a como imperativo deste século, que a senadora discorreu por cerca de 40 minutos para as quase 1000 pessoas que superlotaram a mais disputada de todas as edições do evento.

Fora do Teatro, uma fila digna de show de rock no Maracanã. Lá dentro, a força e humildade da senadora hipnotizavam a platéia. Ela disse que não tinha a pretensão de ensinar, mas foi como uma mestra que ela pacientemente explicou quais os desafios deste século, não só para o jornalismo, mas para o ser humano. Um desafio acima de tudo ético.

“Ética é tudo aquilo que promove a vida na Terra”

Ao citar o frei Leonardo Boff, Marina instigou os jornalistas presentes ao dizer que a cobertura jornalística também deve promover a vida da Terra, e que a responsabilidade de nós, que vivemos na Amazônia, é muito importante para fazer entender que o meio-ambiente deve ser integrado ao desenvolvimento.

Seu discurso foi direcionado pelo pensamento do francês Edgar Morin, que dentro de seu conceito de complexidade, assinala a diferença como forma mantenedora das culturas e da sociedade, já que a troca se estabelece nas diferenças. Para o pensador “a mudança, no começo, é apenas um desvio”, portanto devemos verificar o desvio que queremos, e apontou o modelo de desenvolvimento sustentável como um desses possíveis desvios.

Para Marina Silva, a ética é um dever de todos e em todos os aspectos deve permear a conduta dos homens. Ela afirma que este é o momento de se estabelecer uma aliança inter-geracional, já que até aqui o ser humano só foi capaz de pensar no que pode deixar para si e para os seus próximos, como filhos, netos e no máximo bisnetos. Porém, o adiantado da hora nos mostra que o individualismo não cabe mais neste mundo, que já anda escasso de seus recursos.

Longe de ser apocalíptica, Marina relembrou os números dos sociólogos e demais estudiosos, informando que a destruição da Amazônia já chegou em 18% de sua área, e que a colonização nos deixou como herança apenas 7% de toda a Mata Atlântica. Assim, reverter este quadro é antes de tudo um desafio ético, e a falta deste compromisso ético pode nos levar a perder a janela de oportunidades que está aberta no país.

De acordo com a senadora, se faz necessário associar o conhecimento aos recursos e assim, também promover a sustentabilidade cultural, possibilitando o encontro de saberes.

Marina Silva agradeceu a presença dos que estavam ali não por terem ido para vê-la, mas sim por constatar que neste século as pessoas estão se mobilizando por valores, por outras visões de mundo e que esta talvez seja a nova utopia para aqueles que andam desidratados de sonhos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"O PV não está preparado para receber Marina"

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

O ministro da Cultura Juca Ferreira, principal nome do Partido Verde (PV) no governo federal, disse ontem em entrevista coletiva que seu partido "não está preparado para receber Marina" ao ser questionado sobre a possibilidade de a senadora ingressar no Partido Verde, informam os jornais Folha de S. Paulo e O Globo.

A afirmação foi feita antes de a senadora Marina Silva confirmar a sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT).

O ministro criticou fortemente a cúpula do PV, que segundo ele é movida pelo fisiologismo. "O PV é mais problemático que a Marina, porque pagou um tributo às regras da política do Brasil e perdeu muito da qualidade inicial", argumentou.

Juca defendeu uma aliança entre PV e PT em 2010, e disse que a questão ambiental não é suficiente para sustentar uma candidatura presidencial. Apesar disso, avaliou a possível candidatura de Marina como "legítima e positiva", ressaltando o fato de ela ser uma "senadora qualificada".

Saída...

"Hoje lhe comunico minha decisão de deixar o Partido dos Trabalhadores (PT). É uma decisão que exigiu de mim coragem para sair daquela que foi até agora a minha casa política e pela qual tenho tanto respeito, mas estou certa de que o faço numa inflexão necessária à coerência com o que acredito ser necessário alcançar como novo patamar de conquistas para os brasileiros e para a humanidade", assim descreve a senadora Marina Silva, em carta enviada na manhã da última quarta-feira, 19, ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, comunicando sua decisão de sair do partido.

De acordo com o texto, este "é o momento não mais de continuar fazendo o embate para convencer o partido político do qual fiz parte por quase trinta anos, mas sim o do encontro com os diferentes setores da sociedade dispostos a se assumir, inteira e claramente, como agentes da luta por um Brasil justo e sustentável, a fazer prosperar a mudança de valores e paradigmas que sinalizará um novo padrão de desenvolvimento para o País".

Veja abaixo a carta na íntegra:

"Brasília, 19 de agosto de 2009

Caro companheiro Ricardo Berzoini,

Tornou-se pública nas últimas semanas, tendo sido objeto de conversa fraterna entre nós, a reflexão política em que me encontro há algum tempo e que passou a exigir de mim definições, diante do convite do Partido Verde para uma construção programática capaz de apresentar ao Brasil um projeto nacional que expresse os conhecimentos, experiências e propostas voltados para um modelo de desenvolvimento em cujo cerne esteja a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

O que antes era tratado em pequeno círculo de familiares, amigos e companheiros de trajetória política, foi muito ampliado pelo diálogo com lideranças e militantes do Partido dos Trabalhadores, a cujos argumentos e questionamentos me expus com lealdade e atenção. Não foi para mim um processo fácil. Ao contrário, foi intenso, profundamente marcado pela emoção e pela vinda à tona de cada momento significativo de uma trajetória de quase trinta anos, na qual ajudei a construir o sonho de um Brasil democrático, com justiça e inclusão social, com indubitáveis avanços materializados na eleição do Presidente Lula, em 2002.

Hoje lhe comunico minha decisão de deixar o Partido dos Trabalhadores. É uma decisão que exigiu de mim coragem para sair daquela que foi até agora a minha casa política e pela qual tenho tanto respeito, mas estou certa de que o faço numa inflexão necessária à coerência com o que acredito ser necessário alcançar como novo patamar de conquistas para os brasileiros e para a humanidade. Tenho certeza de que enfrentarei muitas dificuldades, mas a busca do novo, mesmo quando cercada de cuidados para não desconstituir os avanços a duras penas alcançados, nunca é isenta de riscos.

Tenho a firme convicção de que essa decisão vai ao encontro do pensamento de milhares de pessoas no Brasil e no mundo, que há muitas décadas apontam objetivamente os equívocos da concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo, com ganhos exacerbados para poucos e resultados perversos para a maioria, ao custo, principalmente para os mais pobres, da destruição de recursos naturais e da qualidade de vida.

Tive a honra de ser ministra do Meio Ambiente do governo Lula e participei de importantes conquistas, das quais poderia citar, a título de exemplo, a queda do desmatamento na Amazônia, a estruturação e fortalecimento do sistema de licenciamento ambiental, a criação de 24 milhões de hectares de unidades de conservação federal, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Serviço Florestal Brasileiro. Entendo, porém, que faltaram condições políticas para avançar no campo da visão estratégica, ou seja, de fazer a questão ambiental alojar-se no coração do governo e do conjunto das políticas públicas.

É evidente que a resistência a essa mudança de enfoque não é exclusiva de governos. Ela está presente nos partidos políticos em geral e em vários setores da sociedade, que reagem a sair de suas práticas insustentáveis e pressionam as estruturas públicas para mantê-las.

Uma parte das pessoas com quem dialoguei nas últimas semanas perguntou-me por que não continuar fazendo esse embate dentro do PT. E chego à conclusão de que, após 30 anos de luta socioambiental no Brasil - com importantes experiências em curso, que deveriam ganhar escala nacional, provindas de governos locais e estaduais, agências federais, academia, movimentos sociais, empresas, comunidades locais e as organizações não-governamentais - é o momento não mais de continuar fazendo o embate para convencer o partido político do qual fiz parte por quase trinta anos, mas sim o do encontro com os diferentes setores da sociedade dispostos a se assumir, inteira e claramente, como agentes da luta por um Brasil justo e sustentável, a fazer prosperar a mudança de valores e paradigmas que sinalizará um novo padrão de desenvolvimento para o País. Assim como vem sendo feito pelo próprio Partido dos Trabalhadores, desde sua origem, no que diz respeito à defesa da democracia com participação popular, da justiça social e dos direitos humanos.

Finalmente, agradeço a forma acolhedora e respeitosa com que me ouviu, estendendo a mesma gratidão a todos os militantes e dirigentes com quem dialoguei nesse período, particularmente a Aloizio Mercadante e a meus companheiros da bancada do Senado, que sempre me acolheram em todos esses momentos. E, de modo muito especial, quero me referir aos companheiros do Acre, de quem não me despedi, porque acredito firmemente que temos uma parceria indestrutível, acima de filiações partidárias. Não fiz nenhum movimento para que outros me acompanhassem na saída do PT, respeitando o espaço de exercício da cidadania política de cada militante. Não estou negando os imprescindíveis frutos das searas já plantadas, estou apenas me dispondo a continuar as semeaduras em outras searas.

Que Deus continue abençoando e guardando nossos caminhos.

Saudações fraternas,

Marina Silva"

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um dia. Uma noite.

São quase nove da noite. Balanço final do dia: esgotamento mental e físico. Como tratei:

- Película de celulose não plástica - 100% biodegradável;
- Produto de origem vegetal inodoro e inócuo;
- Alta transparência (95%);
- Não altera as características do trabalho/tabaco;
- Proporciona queima mais lenta;
- Dispensa cola.

Itens essenciais de sobrivência no mundo pós-moderno do manual aLeda.

E muitos balanços prometem novas formas de combate à tortura mental.
:)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Alguém para admirar

Desde que entrei no curso de Jornalismo muitos personagens passaram pela caminhada em busca do que eu queria nessa vida de repórter. Conheci gente boa, muito boa. Pessoas para se admirar. Conheci gente ruim, digna do mais profundo desprezo, pela lama em que transforma a profissão. Mas entre aqueles os quais eu admiro muito e me espelho para cada vez mais ser humana antes de ser repórter está Eliane Brum.

Repórter especial da revista Época, já escrevi algumas vezes sobre ela neste blog, e já postei alguns de seus trabalhos aqui. Lendo sua coluna semanal no site da Época, novamente me emociono com o texto de Eliane sobre uma de suas personagens, a dona Ailce. Alguém que mudou radicalmente a vida de Eliane.

Quando Eliane esteve em Belém, perguntei qual foi o personagem mais transformador na vida dela. Brum respondeu Ailce. Com Ailce ela aprendeu a não ter medo da morte entre tantas outras lições. Leia as linhas a seguir e você entenderá a minha admiração e respeito pela jornalista.


Carta de adeus
Minha vida no primeiro ano de sua morte

Eliane Brum

Querida Ailce,

na semana que passou, acordei pensando em você. E, várias vezes por dia, me pegava com alguma cena sua na cabeça. Voltei à reportagem em que contei os últimos 115 dias de sua vida e percebi que completava um ano de sua morte. Você entrou no hospital para morrer em 15 de julho. Nesse dia, na cama asséptica do apartamento, você me pediu para tirar suas meias dos pés. Você nunca gostou de meias nos pés, sentia-se presa. E você não gostava de nada que lhe prendesse, porque muitas vezes se sentia aprisionada numa vida que não sonhou. Mas nos últimos tempos da doença, você sentia muito frio. Na cama do hospital, tirei suas meias e descobri que você estava morrendo com as unhas dos pés pintadas de cor de rosa. Dei um meio sorriso triste. Era tão você, morrer de unhas feitas. Quantas vezes me alertou que uma mulher só podia sair de casa bem vestida, maquiada, com brincos e de salto alto. Então, com os pequenos pés ao sol, você me olhou e disse: “Acho que a história que você está escrevendo sobre mim está chegando ao fim”.

Só naquele instante eu abarquei a grandeza do que você tinha me dado. Você permitiu que eu testemunhasse o fim da sua vida e contasse uma história que jamais leria. Você me deu a história de sua vida – e a de sua morte. Era minha a narrativa de sua existência, a marca escrita de sua passagem no mundo. Ninguém nunca havia confiado tanto em mim. “Eu vou escrever uma história linda sobre você”, eu disse. Foi nossa última conversa. Mais tarde, naquela mesma noite, você ainda acordou e perguntou se eu e o fotógrafo Marcelo Min havíamos comido. De novo, era tão você. Estar morrendo e preocupada se estávamos bem alimentados.

Era você a mulher que alimentava. A merendeira de escola que alimentou por décadas crianças famintas de comida e afeto nas escolas de periferia. O câncer – palavra que você nunca pronunciou – a impedia de comer, envenenava seu sangue. Então, você comia pela minha boca, me engordando com bolos e pães de queijo. E, dia após dia, enquanto lembrava dos cheiros da cozinha de sua mãe, no interior de Minas Gerais, me transmitia receitas, lambuzando-se de recordações. Naquelas conversas telefônicas de cada dia, você na sua casa, eu na revista, comíamos por lembranças. E, pelas suas memórias, minha vida povoou-se de sabores de um fogão de lenha desconhecido.

Na tarde de 18 de julho de 2008, seus olhos erraram pelo quadrilátero do quarto do hospital. Eram dois oceanos agitados de saudade salgada. Então a derradeira tempestade amainou e você fixou sua última cena.

No último sábado, completou-se um ano de sua morte. Eu comi uma feijoada por você. O arroz do restaurante estava como você gostava e, com paciência, me ensinou dezenas de vezes a preparar. A percepção de que a comida nos dá vida e metáforas foi algo que sempre nos uniu. Pela manhã, ao me vestir, eu hesitei diante de um par de tênis, tão mais confortável. Mas quando vi, estava enfiando nos pés um salto alto que você aprovaria. Por que você está tão arrumada?, amigos me perguntaram. Eu respondia com a metade de um sorriso secreto. Essa data era só nossa.

Ailce, aconteceu muito nesse ano. Um pouco mais até do que minha sanidade era capaz de suportar. Você sabe, a vida é sempre mais faminta do que supomos. Logo que a conheci, eu descobri que a narrativa da sua história seria a reportagem mais difícil da minha trajetória. Como fazer uma reportagem cujo fim era a sua morte? Só foi possível porque aprendemos a amar uma a outra. Você, a personagem de uma vida. Eu, a narradora de uma morte. Você morreu e eu contei a sua história. Apalpei cada palavra na busca daquelas que dessem a dimensão real de sua passagem pelo mundo. Como contadora de histórias reais, sempre que escrevo meu maior medo é reduzir a vida de alguém. Com você, essa preocupação pesava ainda mais sobre meus ombros doloridos, já que você nunca leria a escritura de sua vida. Eu precisava merecer em cada linha o poder amoroso que você tinha me dado.

Você acreditava em Deus, embora tenha brigado com ele em alguns momentos. Brigava porque acreditava. E porque não entendia como ele fora capaz de deixá-la morrer quando você finalmente planejara viver. Quando você havia jogado o relógio fora e dançava e viajava, os olhos bem abertos para não perder nada, devorando o ar em grandes bocados como se ele fosse acabar de repente. Espero que você esteja no lugar para onde acreditava ir. Eu, que sou bem mais cética, de algum jeito armei dentro de mim a convicção de que você leu meu texto e se reconheceu. Não há como saber se é uma fantasia que precisei criar. Só por essa vez, abracei o mistério sem questionar.

O que eu não adivinhava, Ailce, era que o luto por você seria tão prolongado. Eu sempre soube que não entramos na vida do outro impunemente. Sempre acreditei que uma reportagem só acontece, de verdade, quando transforma a vida do personagem e do narrador. Eu compreendia que ao entrar na sua vida você faria parte da minha para sempre. Ao contar sua história você estaria na minha. Mas eu não adivinhava que doeria tanto – e por tanto tempo.

Depois que você morreu, um caminhão atingiu o carro em que eu viajava, em seguida sofri um assalto com tiros e duas pessoas queridas receberam o diagnóstico de câncer. Em janeiro, perdi alguém que também amava, pela mesma doença. Em seguida, alguém que amo precisou me deixar. Seis meses depois de você morrer, eu não conseguia mais comer nem dormir. Perdi oito quilos. Eu estava encharcada de morte. Do fundo da minha fragilidade exposta, eu buscava sinais de que a vida persistia em algum canto. Mas era afogada pela névoa espessa dos tantos fins e quase-fins.

Em abril, retalhos de sol começaram a aparecer aqui e ali. E eu voltei a dormir uma noite inteira sem remédios. Eu havia entendido a grande lição que sua vida tinha me dado. Tinha compreendido o que sempre soube em teoria. Meses antes de conhecer você eu tive uma profunda experiência de meditação, em outra reportagem. A partir dela, comecei a viver a experiência, ao mesmo tempo brutal e libertadora, de que na vida só há uma certeza: a de que não temos nenhum controle. Mas essa, me parece, é a lição mais difícil de aprender. Pode levar uma existência inteira para entendermos a que talvez seja a maior de todas as verdades humanas. Ou podemos morrer sem alcançar a essência da matéria de que somos feitos.

A morte é essa falta de controle levada à máxima radicalidade. Qualquer pretensão de controle é ilusão. A vida é risco. Não há nenhuma garantia, como você aprendeu de forma tão dura. Apavorada com a doença, o acidente, o assalto, o abandono, a morte de quem amava, me parecia impossível dormir. Se acordada, vigilante, tudo isso acontecia à minha revelia, como eu poderia dormir? Toda vez que saía de casa me sentia na iminência de uma catástrofe.


A partir da sua morte, em seis meses todos os pesadelos de quem vive se materializaram em mim como vida vivida. Tomada de desespero, eu me agarrava a uma das tantas imagens famosas de Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

Em alguns momentos dessa queda brutal no precipício da verdade, acho que até a coragem me faltou. Mas um dia, depois de tantas ilusões arrancadas de minhas entranhas como pedaços de onde brotava sangue vivo, eu finalmente entendi. A falta de controle sobre o vivido não é uma maldição. Ao contrário, ela nos liberta. Se não ficamos perdendo tempo tentando antecipar e planejar cada passo, podemos nos dedicar apenas a viver. Sem postergar, sem adiar, sem deixar para depois. Se é impossível controlar, para que gastar tempo tentando? O mais sensato é enfiar o pé no mundo, sabendo que vamos nos lambuzar. É a incerteza do que nos espera na próxima esquina o encanto da vida.

Analisei então, Ailce, os grandes e pequenos momentos da minha trajetória e descobri que os melhores capítulos haviam sido os inesperados, não os planejados. A filha que nasceu aos 15 anos, numa gravidez adolescente que tantos viram como tragédia, o professor que me mostrou que ser repórter era a melhor profissão do mundo quando eu já tinha decidido seguir outra profissão, o grande amor que apareceu numa festa que eu pretendia não ir porque estava com sono. Minhas melhores reportagens aconteceram quando tudo parecia dar errado. As histórias mais fascinantes que contei foram aquelas em que ouvi algo totalmente diferente do previsto. Se nos fechamos para o imprevisível, como a vida poderia ser menos do que um tédio? É o que ainda não sabemos, o que está para acontecer, que contém o germe da vida.

Quantas vezes não percebemos, depois de algum tempo, que a suposta catástrofe se revelou o melhor que poderia ter nos acontecido? Como a demissão de um emprego que detestávamos, mas achávamos que era preciso manter porque nos garantia segurança. O casamento que nos aniquilava, mas que pensávamos ter de segurar porque era garantido. A viagem de férias para o mesmo lugar para não nos arriscar nem mesmo à possibilidade de algo novo acontecer. Todas aquelas coisas que soam seguras, mas que matam nosso desejo.

O que aprendi com sua vida e sua morte, Ailce, é que a segurança não é uma bênção, é um perigo. Ter maturidade, tornar-se adulto, não é, como tantos dizem, acatar o manual, seguir o rebanho, fugir do risco. Ao contrário. A sabedoria é abraçar o risco, aceitar a impossibilidade de controlar a vida como possibilidade, compreender que só o inesperado pode nos levar a algum lugar. O planejado é o território do previsível, se já sabemos o que vai acontecer, qual é o sentido? O que ganhamos indo sempre ao mesmo lugar, do mesmo jeito, evitando qualquer surpresa? O melhor do humano é a capacidade de se espantar. É pelo espanto que tudo se inicia.

Na semana que passou, quando um tempo inconsciente assinalou dentro de mim o primeiro ano de sua morte, eu atendi ao chamado de uma reportagem daquelas impossíveis de prever o quanto vai exigir de mim. Bati na porta de uma vida e entrei num mundo que vai me revirar pelo avesso. Desde que vivi com você a sua morte, minha alma em carne viva tocava a dor do outro e recuava. Dava os primeiros passos e voltava para trás. Dentro de mim, as cicatrizes ainda eram frágeis e se abriam ao primeiro toque. No primeiro sinal de sangue, eu corria.

Precisei de muito mais tempo do que imaginava para viver meu luto por você, para aceitar a sua morte e todo o imponderável da minha vida que ela continha. Para entender, de verdade, a frase que você me disse no nosso primeiro encontro: “Quando eu tive tempo, descobri que meu tempo tinha acabado”.

Algo se libertou nessa semana dentro de mim. Você é parte da minha história, vive dentro de mim como de todas as pessoas que a amaram, nas células de todas as crianças que salvou da desnutrição. Mas agora vou me deixar viver – e deixar você partir. Parto também eu para todas as vidas possíveis que me esperam. De salto alto e batom vermelho, torcendo pelo desconhecido que me aguarda na virada de cada uma das esquinas do mundo.

Obrigada. Adeus.


ELIANE BRUM
Repórter especial de ÉPOCA, integra a equipe da revista desde 2000. Ganhou prêmios nacionais e internacionais de Jornalismo. É autora de A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Expandir sem desmatar

Estudo do WWF-Brasil mostra que é possível aumentar significativamente a área agrícola no país respeitando-se o Código Florestal e sem desmatar a Amazônia e o Cerrado desde que haja uma política efetiva de incentivo à conversão de pastagens degradadas em áreas agrícolas. Porém, se tudo continuar como hoje, deve haver desmatamento no Cerrado de aproximadamente 10 milhões de hectares nos próximos 10 anos para a produção de grãos e cana-de-açúcar.

O documento intitulado Impacto do mercado mundial de biocombustíveis na expansão da agricultura brasileira e suas consequências para as mudanças climáticas foi apresentado para debate nesta quarta-feira (15/07/09) durante o Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, da seguradora Allianz. O estudo relaciona o crescimento de demanda por biocombustíveis com a expansão agrícola no Brasil, quantificando a área e apontando as regiões de expansão.

Em estados como Maranhão e Piauí poderá haver redução de cerca de 30% na cobertura vegetal nativa. As áreas a serem desmatadas projetadas pelo estudo podem ser ainda maiores se o Código Florestal não for cumprido. Mesmo que se expanda o plantio dessas matérias-primas cumprindo com o Código Florestal vigente, haverá perda de biodiversidade e emissão de gases de efeito estufa.

“Um cenário de aumento do desmatamento e do aquecimento global é desastroso e inaceitável”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “O Brasil precisa de políticas que garantam a produção de alimentos e o abastecimento do mercado mundial de biocombustíveis, mas que protejam o meio ambiente. É possível e necessário que o país faça uma opção pelo desenvolvimento sustentável”, completa.


A solução proposta pelo WWF-Brasil é a expansão do cultivo de biocombustíveis apenas em áreas de pastagens degradadas e o aumento da produtividade nas áreas já estabelecidas. Para isso são necessárias políticas públicas locais e globais de incentivos para expandir agricultura e, ao mesmo tempo, garantir a proteção da biodiversidade.

Os números do estudo afirmam que há aproximadamente 200 milhões de hectares de pastagens no Brasil, sendo que 30% dessas terras estariam degradadas. A área agrícola total atual brasileira é de cerca de 70 milhões de hectares. Portanto, somente com a recuperação das pastagens degradas para uso agrícola é possível dobrar a área da agricultura nacional.

Entre as políticas necessárias recomendadas pelo estudo estão o fomento ao aumento da produtividade em áreas já cultivadas, valorização e ampliação do mercado de produtos responsáveis e sustentáveis e incentivo às atividades econômicas que podem ser feitas em áreas de floresta nas propriedades rurais como extrativismo sustentável e pagamento por serviços ambientais.

Para chegar às conclusões propostas no trabalho, o WWF-Brasil traçou três cenários de expansão até 2020 para o cultivo de grãos e cana-de-açúcar. São eles: o Bio Bust, com menor demanda do mercado, o Bio Balance, com demanda intermediária, e o Bio Boom, com maior demanda internacional pelos biocombustíveis.

Desmatamento e Mudanças Climáticas
Não aumentar o desmatamento é fundamental quando o assunto é mudanças climáticas, pois a derrubada e a queimada de florestas correspondem a 75% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. O Brasil é hoje o quarto maior emissor do planeta.

Assim como na Amazônia, o desmatamento do Cerrado também contribui para a emissão de gases causadores do aquecimento global. A região do Cerrado também é uma das mais ameaçadas no Brasil e suas diversas formações vegetais e biodiversidade estão muito pouco representadas no sistema nacional de áreas protegidas (apenas 3%)

Fonte: WWW Brasil

terça-feira, 7 de julho de 2009

Músico paraense é escalado para minissérie Miguel Miguel

Nego Nelson nunca atuou. A vida toda foi ao lado de um violão, encantando plateias em Belém e no mundo com belas composições de choros, valsas, bossas, blues, carimbós. Mas quando entrou na Taberna de São Jorge (o bar da Walda), Adriano e Roger se olharam. Era ele: Miguel. Adriano o convidou para um teste. Nego aceitou, fez, passou. E agora, o violonista paraense, de 60 anos - 40 deles dedicados à música -, viverá o personagem-título da minissérie televisiva “Miguel Miguel”.

Baseada no livro homônimo do escritor paraense Haroldo Maranhão, a minissérie em cinco episódios conta a história de um casal de aposentados, Varão (Henrique da Paz) e Úrsula (Yeye Porto). Eles investigam as mortes do amigo Miguel, morto duas vezes. Dirigido por Roger Elarrat e co-produzido pela TV Cultura do Pará e Digital Produções, Miguel Miguel traz a cada episódio novas descobertas no casarão de Úrsula e Varão, numa trama de muito mistério e humor negro.

“Queríamos alguém marcante pra ser o Miguel. Nossa estratégia foi ver se ele [Nego Nelson] seguraria o tranco em um teste de câmera, de jogo com o elenco. Na câmera, ele fez direitinho. Pegou as nuances do texto, bateu bola com os outros atores. Não se intimidou com a câmera e fisicamente era o que eu queria: um cara grande e grisalho”, explica Roger Elarrat sobre a escolha do músico para o elenco do projeto.

Com Miguel Miguel, Nego Nelson realiza um desejo antigo, que a timidez impediu de concretizar. “No fundo eu sempre quis ser ator”, ele diz. “Comecei minha carreira tocando em peças. E numa dessas, me chamaram pra fazer um bêbado e não fui, porque eu era muito tímido. Tive uma frustração muito grande por não ter feito. Aí, anos depois o Adriano me vê e pergunta: ‘Queres fazer um filme?’ E eu topei”, conta.

O personagem

Quando Nego Nelson leu o texto para o papel de Miguel, viu que as semelhanças entre os dois não se limitavam apenas ao típico físico. A personalidade de um se confundia com a do outro. “Ele é aquele cara que fala que não vai fazer uma coisa e faz. É um personagem muito parecido comigo. Para um principiante, isso ajuda. Afinal, sou eu”.

O violonista chegou cedo no dia teste, para desespero de Roger e o preparador de elenco, Adriano Barroso. “Ele foi o primeiro a fazer. Isso foi horrível pra nós, porque sabíamos que já era o que queríamos. Mas de vez em quando um ator vinha e fazia um excelente teste e usamos isso pra mapear outros papéis. Por mais que viesse alguém para ler o papel do Miguel, já víamos onde ele melhor se encaixaria”, lembra Roger.

Com tanta sintonia entre intérprete e personagem, Nego Nelson se aproveita para mergulhar nessa aventura e conhecer seus próprios limites. A partir do próximo dia 06 de julho, o músico começa os ensaios de Miguel. E dia 27 de julho, iniciam as gravações da série. “Eu sei que minha vida vai mudar depois disso. Eu me esforço, presto atenção nos atores, na forma como eles interpretam. Eu assisto um filme e fico analisando. Mas eu não serei ator porque fiz um filme, preciso aprender muito ainda. Uns dez anos. Na vida, tudo o que você faz tem que ter pelo menos uns dez anos. Antes disso, você está construindo”.

Para mais informações sobre a minissérie acesse o site: www.miguelmiguel.com.br

Sobre Nego Nelson: http://www.culturapara.com.br/negonelson/index.htm


Fonte: Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desejo

Eu preciso romper este laço invisível que me prende a você. Não sei como fazer isso. Só sei que é preciso.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Movimento dos Barcos (Canção de Jards Macalé)

“Tô cansado e você também. Vou sair sem abrir a porta...”. Jards Macalé, minha nova grande paixão musical, me inspira a escrever este texto, este relato, que não passa de um desabafo pra desafogar minhas dores e minhas tristezas.

Sabe, eu queria vencer esse cansaço, essa angústia infinita que se apoderou de mim.
Você entrou. Não pediu licença. Penetrou minha vida, minhas entranhas. Te quero fora de mim. Te quero longe, distante, num passado que te enterre e não retorne mais.

Eu cansei. Você cansou. Todos nós cansamos das dores, tristezas e alegrias compartilhadas. Cansamos desse ciclo de paixões incompletas, de amores não vividos por inteiro.

As quatro paredes também cansaram de ver meu amor sufocado.

A água do chuveiro roubou todas as minhas lágrimas. No chão, as gotas doces e amargas já não se distinguem mais.

Quero sair sem abrir a porta. Não olhar pra trás. Deixar o carinho, o amor, o sexo, o ódio, a dor, todos os nossos sentimentos trancados num tempo pretérito. Sair sem abrir a porta para você não me acompanhar.

Por isso eu te suplico: me deixe descansar, não me condene à prisão. Devolva minha vida, não me aprisione a você. Deixe-me ir. Liberte-me, liberte-me!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Por que assistir a uma comédia romântica?

E brasileira? No texto abaixo, você terá bons motivos.

A Mulher Invisível


Marcelo Forlani

Desilusões amorosas são o combustível da alma humana. Não fossem os pés-nas-bundas e as paixões não correspondidas, a música, a poesia, a pintura, o cinema não teriam a mesma beleza dolorida que têm. Se, por um lado, cada fora é encarado de uma forma diferente - tem quem coma caixas inteiras de chocolate e tem também os que ficam dias sem apetite - há sempre uma constante: a cola usada para grudar os cacos do coração partido é uma nova paixão. Autodestrutivo esse tal de ser humano.

EmA Mulher Invisível (2009), quando conhecemos Pedro (Selton Mello) ele está irradiantemente apaixonado, certo de que tem ao seu lado a mulher de sua vida (Maria Luiza Mendonça)... até descobrir que ela está grávida de gêmeos e o pai não é ele. A depressão que vem com a descoberta só começa a melhorar quando, certo dia, uma loira, linda e solitária mulher bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. É a sua nova vizinha, Amanda (Luana Piovani), por quem ele se apaixona em questão de nanosegundos, principalmente depois de descobrir que ela faz faxina na sua casa só de calcinha e soutien, prepara o jantar e o serve na sua boca, adora fazer sexo, curte futebol até da terceira divisão e não liga quando ele sai com os amigos.

Sim, Luana Piovani interpreta a mulher perfeita. Na verdade, quase perfeita, pois ela só existe na cabeça do Pedro. Para todas as outras pessoas ela é uma mulher invisível. Sabendo que se trata de uma comédia romântica, é de se imaginar que toda a trama já está resolvida desde o seu título: depois de sofrer com o fora que levou da ex, Pedro conhece a mulher ideal, se apaixona novamente e no fim descobre que ela não existe, mas volta a se apaixonar.

E é aí que o filme ganha pontos. Sem escapar do happy end, o diretor Cláudio Torres, que co-roteirizou o filme ao lado de Adriana Falcão, Cláudio Paiva e Maria Luísa Mendonça, consegue criar formas de fugir do lugar-comum. Digamos que em vez de ir pelo atalho, ele pega aquela estradinha cheia de curvas, mas com um visual mais bonito e, por que não, romântico.

As participações de Vladimir Brichta e Maria Manoella, respectivamente como o melhor amigo (Carlos) e a vizinha (Vitória) que é apaixonada por Pedro, vão além dos papéis coadjuvantes normais. Eles não são apenas os personagens que dão dicas (muitas vezes furadas) do que fazer. O desenvolvimento da história depende deles. E tem ainda a Fernanda Torres, que rouba a cena quando aparece dando dicas a Vitória, sua irmã.

Autodestrutivo, sim, o ser humano. Mas, acima de tudo, esperançoso e apaixonado. Sempre aguardando pelo príncipe encantado ou a donzela adormecida. É por isso que as comédias românticas vão tão bem nas bilheterias. Trata-se de um típico programa a dois, que segue ou antecede um jantar e algo mais. E melhor ainda quando a história consegue fugir um pouco da fórmula. Agora só falta você ir ao cinema e ser feliz para sempre. Pelo menos até o próximo pé-na-bunda.