Yorranna Oliveira

Achei a imagem aí de cima pesquisando no Google. E ela define perfeitamente um pouco do que eu sou e da proposta do blog: tem de tudo um pouco, e um pouco de quase tudo o que gosto. Aqui você vai encontrar sempre um papo sobre música, cinema, comunicação, literatura, jornalismo, meio ambiente, tecnologia e qualquer outra coisa capaz de me despertar algo e a vontade de compartilhar com vocês. Entrem e divirtam-se!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pesquisa mostra subsetor de livros Científicos, Técnicos e Profissionais na liderança

Mais baratos, os livros voltados à formação e ao aperfeiçoamento profissional foram os que mais cresceram em produção, faturamento e vendas no ano de 2011 Fonte: Câmara Brasileira do Livro)
O subsetor de livros Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP) registrou resultados positivos em praticamente todos os indicadores apurados pela pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP) sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato dos Editores de Livros (SNEL). Em 2011, a categoria vendeu 35,8 milhões de exemplares, que se traduziram em um faturamento de R$ 910 milhões – o aumento de, respectivamente, 38% e 23% em relação a 2010, foi superior à variação de todos os outros segmentos. A diversidade de títulos também cresceu, com a oferta de 11.976 obras, 7,3% mais do que no ano anterior. Outro ganho para o leitor foi a expressiva queda de 9,43% no preço médio – de R$ 28,64 por exemplar em 2010, para R$ 25,94 no ano passado. Como nos anos anteriores, o mercado (leia-se instituições privadas e público em geral) encabeçou a lista de compradores. Da produção de 36,6 milhões de exemplares, adquiriu 34,4 milhões (34% mais do que em 2010). Coube ao governo a aquisição de quase 1,5 milhão de exemplares, que, apesar de comparativamente tímida, representou um salto de 385,5% frente aos 304 mil livros comprados em 2010. Finalmente, em conteúdo digital, a área de CTP mostrou a segunda melhor performance. Com 856 títulos e faturamento de R$ 319,5 mil, ficou atrás apenas do segmento de obras gerais – 4.131 títulos e R$ 399,5 mil de vendas. A maior facilidade de acesso a cursos de nível superior e técnico e a demanda do mercado por profissionais bem formados vêm alavancando a performance desse segmento. O Censo da Educação Superior, divulgado pelo MEC em 2011, por exemplo, mostra que, em dez anos, houve um aumento de 110% no número de estudantes em cursos de graduação – de 3 milhões para 6,5 milhões de brasileiros ingressaram nessa faixa de ensino no período.

sábado, 30 de junho de 2012

Novidades sobre sa gravçações do disco "Foi no mês que vem", de Vitor Ramil

Fot
Foto: Ana Ruth Miranda Se não acontecer nenhum imprevisto técnico ou artístico serão 32 músicas em vez das 30 estimadas inicialmente. Daria um álbum triplo, numa boa, mas vamos manter a ideia do duplo, primeiro, para que o produto final não fique muito caro para o público, depois, porque gostei disso de juntar tantas músicas numa época em que a tendência é fazer discos com menos músicas, numa busca retroativa de costumes fixados no tempo dos LPs. Acho que a Internet começa a mudar a maneira como nos acostumamos a escutar música. Por que não ter um disco com tantas músicas que nos pareça mais indicado descobri-lo aos poucos, como quando navegamos ao acaso atrás de músicas na web? Já quase não paramos para escutar um disco inteiro hoje em dia. As 32 músicas de Foi no mês que vem convidarão o ouvinte a fruí-las na calma, em mais de uma audição, talvez até mesmo de forma randômica. As canções e milongas estarão, portanto, no suporte físico de dois CDs, mas abertas ao hábito de quem já ouve música só pela Internet. Não estou fazendo disso uma bandeira profissional, apenas refletindo sobre um trabalho específico. Também não farei uma bandeira do fato de estar documentando em vídeo e expondo antecipadamente ao público o processo de criação (nunca me imaginei fazendo isso...), de estar fazendo um crowdfunding ou escrevendo uma mensagem como esta. A experiência, como um todo, está sendo muito rica. Já a considero bem sucedida, independentemente de seu resultado final. Mas não sei se a repetirei um dia. Cada trabalho tem suas particularidades e sua circunstância. Para o que é mesmo que estou escrevendo agora? Ah, trago notícias. GRAVAÇÕES Comecei gravando sozinho, violões e vozes, durante dez dias, no estúdio Circo Beat, em Buenos Aires, coisa que eu queria fazer há muito tempo, porque em outros trabalhos a voz e o violão sempre ficavam para o final, num momento em que, depois de outros instrumentos, já não havia mais espaço suficiente para eles no espectro sonoro. O som do violão, um Martin EC, ficou espetacular, graças a Matias Cella, técnico responsável pelas gravações (no Brasil o conhecem como produtor de Amar la trama, de Jorge Drexler), um craque argentino que meu filho Ian considera “o cara mais legal do mundo”. Nesta primeira etapa, recebi meu primeiro convidado, o também argentino Carlos Moscardini, brilhante violonista que encantou todo mundo em délibáb, meu disco anterior, e que pode facilmente dividir com o Matias o assento no topo do mundo (desde que leve com ele Nora, sua mulher, que faz asados y alfajores inolvidables). Carlos nunca fez um assado para mim, mas tocou em seis músicas: Ramilonga, Noite de São João, Estrela, Estrela, Semeadura, Deixando o Pago e Tango da Independência. Semeadura deve ficar para bonus track na Internet, com seu respectivo videoclipe. O motivo: soou diferente das demais, e logo no começo do trabalho meu principal critério de seleção foi buscar uma unidade entre músicas de épocas distintas. Eu queria reunir um material que parecesse auto-referenciado, que tivesse unidade harmônica, melódica, poética, interpretativa etc, que sugerisse a construção de uma linguagem particular através do tempo. Pois bem, voltando ao convidado, o Carlos arrasou uma vez mais. E, de quebra, em meio às gravações, ainda se apresentou comigo em Paris, Lisboa, Porto, Montevidéu e Buenos Aires. Depois do Carlos recebi, melhor dizendo, fui recebido, já que gravamos no estúdio dele, o Santiago Vazquez, percussionista argentino, colaborador nos meus discos Tambong e Longes e em inúmeros shows, e que, entre outras proezas, há muito tempo reúne milhares de pessoas em Buenos Aires, todas as segundas-feiras, para apresentações de seu grupo La bomba de tiempo. Mas não vou contar isso agora. Acabo de me dar conta de que este disco tem muitos convidados e que, por isso, o melhor é contar a história em capítulos, para não torrar a paciência de quem lê e também porque estou sem tempo para escrever tudo de uma sentada. Só quero, antes de dizer “até a próxima”, dirigir-me àqueles que estão ligados ou querem se ligar no crowdfunding, nossa campanha para financiamento e difusão de Foi no mês que vem pela Internet. CROWDFUNDING Uma senhora do público me procurou após um espetáculo e perguntou como ficava a questão dos impostos para quem apoiava o projeto via crowdfunding. Alguém quis saber se poderia investir no meu projeto nos moldes dos investimentos em bolsa de valores, entrando com uma soma em dinheiro para sair com outra maior. Houve quem pedisse a minha conta bancária para me depositar diretamente uma grana, alegando não ter muita intimidade com os computadores. A todos respondi que a coisa não era bem assim, que não tinha isso de impostos para os apoiadores, nem de investimentos de risco e que o dinheiro não ia direto para mim, mas sim para uma empresa que o controlava até que o projeto estivesse concluído. Se o crowdfunding fosse exitoso, o dinheiro seria então encaminhado para a realização do projeto. Se não, seria devolvido integralmente aos apoiadores. Expliquei a todos, principalmente, que era um lance muito, mas muito mais simples do que eles imaginavam. Estas e outras dúvidas do público resultam do fato de que o crowdfunding é algo muito novo entre nós. Já expus meu ponto de vista sobre o tema no vídeo que está na página . Quem ainda não viu, pode dar uma conferida. De todo modo, vou tentar dizer aqui mais alguma coisa que seja útil para quem deseja saber mais. Normalmente as tiragens iniciais dos meus discos se esgotam em pouco tempo. Podem não gerar lucro, mas costumam pagar a produção. Portanto, seria mais cômodo, ainda que menos excitante, simplesmente gravar o disco e esperar que as pessoas fossem às lojas a partir da data de lançamento e o comprassem. Digo menos excitante porque as implicações culturais e até políticas a que me referi em meu depoimento no vídeo ficariam de fora desse processo. A maior comodidade seria porque há muito de doação da parte de quem realiza uma campanha de crowdfunding como a nossa, doação que é uma espécie de contrapartida subjacente a todas as outras, oferecidas objetivamente. Nosso comprometimento emocional, ideológico, artístico, financeiro e mesmo físico é enorme. Vocês não fazem ideia do que é tocar um projeto tão grande como este e ao mesmo tempo fazer uma campanha de financiamento coletivo acontecer! Em resumo, dá muito trabalho. Desde o começo nos impusemos a missão de mobilizar e aglutinar gente, de conhecer e ser conhecido mais de perto pelo público. E sempre entendemos que todos tinham de sair ganhando com a ideia, ganhando em todos os sentidos. Por isso as contrapartidas que bolamos são tão boas. Não tenho dúvida de que o são. Tivemos de nos policiar para fazer a coisa de modo a não terminarmos pagando para realizar a campanha. Alguns crowdfundings oferecem ao público apenas um “muito obrigado”, especialmente naqueles casos em que a causa em questão não tem quase nada de concreto para dar em troca do apoio do público. Não é o nosso caso. Estamos produzindo um disco que é associado a um songbook, que está sendo documentado em vídeo, que faz parte de um contexto de outras obras com suportes físicos etc. A lógica é que os apoiadores tenham acesso facilitado a tudo isso e, de nossa parte, é irresistível o desejo de fazer com que o resultado do nosso trabalho chegue às mãos deles, no Brasil e no exterior, numa época em que se fala tanto da morte iminente do disco, do livro e de outros produtos culturais. Quando me apresento no exterior e convido o público a fazer parte do nosso crowdfunding, costumo dizer que, à parte o sentido da mobilização em si, trata-se também de uma maneira garantida de fazer com que o meu disco (e o que mais elas quiserem do que é oferecido na lista de contrapartidas) chegue até elas, já que os selos que editam discos estão desaparecendo, bem como as lojas de CDs, ou seja, já que o mercado da música está todo desorganizado e em evidente agonia. Para o contexto brasileiro não é muito diferente. Talvez um dia seja corrente o artista se comunicar diretamente com o público e enviar a ele a sua produção, sempre a um custo menor do que aquele determinado pelos atravessadores. E talvez só a Internet possa proporcionar isso. O crowdfunding, com sua forma simples e inteligente, parece ser só o começo. Já convidei muita gente para dar uma espiada na ideia que está por trás de Foi no mês que vem e desta campanha. Agora, depois de mais de metade do caminho percorrido e de mais de 80% da meta mínima alcançada, faço o convite outra vez, até porque, como disse antes, não tenho dúvidas de que muita gente mais gostaria de estar nisso, mas ainda não entendeu bem como a coisa funciona ou qual o sentido de participar. Para nós, quanto mais gente vier agora, maior será a nossa rede de comunicação, garantindo assim um maior desdobramento artístico no futuro. Maior será também a segurança que teremos para investir na produção deste trabalho de modo a atingir o mais alto padrão de qualidade técnica e artística possível, especialmente se superarmos a meta mínima e chegarmos perto de cobrir o custo total. Estou entusiasmado por fazer um disco com a colaboração de artistas que admiro muito e do público que me acompanha, neste caso, literalmente e em tempo quase real. É a música e a poesia reverberando, ao mesmo tempo, dentro e fora do estúdio. Sei que estou aqui e agora, mas sei também que tudo isso foi no mês que vem.

terça-feira, 13 de março de 2012

Sónar São Paulo 2012 é palco de estreia de grandes nomes no Brasil


Festival terá mais de 18 atrações tocando pela primeira vez no País, como Cee Lo Green, James Blake, Hudson Mohawke, Little Dragon, Rustie, Austra, Skream, Squarepusher e muitos outros


(Fonte: Assessoria de Imprensa Festival Sónar)


A primeira vez de um artista internacional em solo brasileiro é algo inesquecível para aqueles que são apaixonados por música. Imagine-se agora em um único evento que reune mais de 18 estreias?



Pois é exatamente o que vai ocorrer nos dias 11 e 12 de maio, no Parque Anhembi, quando acontece o Sónar São Paulo – Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art, evento que transformará a cidade de São Paulo na capital mundial da música avançada.

O festival, que tem seu line-up comentado por muitos especialistas e amantes da música como um dos melhores do ano no Brasil e um dos mais completos, diversificados e explosivos dos últimos tempos, promoverá as estréias de shows há muito esperados pelo público brasileiro, como Cee Lo Green (EUA), James Blake (UK), Austra (CAN), Hudson Mohawke (UK), James Pants (EUA), John Talabot (ESP), KTL (EUA/UK), Little Dragon (SUE), Munchi (HOL), Rustie (UK), Skream feat. MC Sgt. Pokes (UK), Squarepusher (UK), Super Guachin (ARG), Tiger & Woods, Totally Enourmous Extinct Dinosaurs (UK) e ZA! (ESP).


O Sónar ainda apresenta Alva Noto & Ryuichi Sakamoto – os dois já vieram isoladamente antes, mas nunca se apresentaram juntos em solo brasileiro com esse projeto que alia o erudito e o avançado, numa das performances mais aclamadas da história do Sónar em Barcelona, onde já se apresentaram.

Outra menção importante está no duo canadense de electro-pop Chromeo, um dos mais artistas atuais mais queridos da música eletrônica. Embora já tenham vindo ao Brasil em 2010, sua performance se deu numa festa corporativa onda a entrada foi destinada apenas para convidados. Portanto, o Sónar São Paulo marcará a estreia pública do Chromeo no país.

Entre os brasileiros, o Sónar também promove a estréia em terras paulistanas dos brasileiros Ricardo Donoso e SILVA, além dos inéditos e aguardados duelos entre M.Takara e Akin, e DJ Marky e DJ Patife.

Os ingressos para o Sónar São Paulo 2012 podem ser adquiridos no www.ingresso.com.

domingo, 4 de março de 2012

O recomeço possível

A vida é uma sucessão de abandonos. Escolhidos ou não. Pode até parecer um olhar pessimista sobre a existência, mas se você parar, pensar e refletir a respeito essa ideia não deixa de ter semelhanças com a realidade. Em “O garoto da bicicleta”, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, o jovem Cyril jamais optaria ficar sem o pai (Jeremie Renier). Só que Cyril não teve escolha. O pai quis assim e o abandonou num internato com a promessa - implícita no filme – de resgatá-lo depois de um mês, quando então poderia ficar com o filho. Ele não volta. E Cyril ainda não acredita, mesmo diante de tudo aquilo que comprova que ele o deixou. A mudança de endereço sem aviso. A troca do número de telefone. A ausência de notícias.

O fio de esperança que mantém vivo em Cyril a possibilidade de retorno ao mundo paterno é uma bicicleta, ainda, como ele acredita, sob a posse do pai. Os dias parecem seguir lentos e a promessa de resgate não se cumpre. O que faz o garoto atormentar a todos e a si mesmo numa caçada à procura do pai, que não o quer na nova vida, planejada sem o filho - para ele um verdadeiro empecilho. O homem se muda, vende tudo, até mesmo a bicicleta do menino. Cyril não acredita. O objeto ao menos ele entregaria.

Quando o jovem recupera o brinquedo, ele vai pouco a pouco descobrindo a própria brutalidade do destino. E não aceita isso. Aos 11 anos de idade, ele briga com todos ao redor, numa violência que explode até mesmo contra aqueles que o acolhem e tentam cuidar dele, como a guardiã dos finais de semana – a cabeleireira Samantha (Cécile de France) -, ferida numa luta para impedir o garoto de cruzar um outro caminho e terminar a destruição de uma vida já estilhaçada pelo única referência de família.

É Samantha, inclusive, quem o ajuda a localizar o pai. No entanto, ele não aparece no encontro marcado com o filho. Cyril mais uma vez se nega a receber a visita cruel da concretude do abandono. Os dois o encontram no novo emprego. A frieza paterna marca a recepção do rapaz, que não se cansa de tentar alternativas de ficar novamente ao lado do pai. Covarde, o homem mente para o filho e faz novas promessas das quais ele será incapaz de cumprir. A cabeleireira age e não aceita outras mentiras. É nesse instante que o filme alcança a imensidão da dor e do desespero. Sensações compartilhadas pelo espectador que não consegue ficar insensível à cena e vivencia os mesmos anseios de Cyril. Como se algo internamente em cada um também se partisse. Se despedaçasse sem a menor possibilidade de recuperação. Como se já tivesse sido feito para acabar.

Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes em 2011, juntamente com ‘Era Uma Vez na Anatólia’, de Nuri Ceylan, “O garoto da bicicleta” até dia 11 de março no Cine Estação das Docas.


O Garoto da Bicicleta (França, 2011). Direção e roteiro: Jean-Pierre e Luc Dardenne. Com Cécile de France e Thomas Doret. Dias de exibição em março: 08 (quinta), às 18h e 20h30, 09 (sexta), às 18h e 20h30, e 11(domingo), às 10h, 18h e 20h30. Ingressos: R$ 7 (com meia-entrada para estudantes). Realização: OS Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura – Secult e Governo do Estado.

(Texto publicado originalmente no jornal Diário do Pará)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O garoto de bicicleta


No mês de março, o Cine Estação das Docas exibe ‘O Garoto da Bicicleta’, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes em 2011

O mote da história é a presença da cabeleireira Samantha (Cécile de France) que desenvolve uma relação com o revoltado garoto. Ela, como tutora e ele, como seu aprendiz, desenvolvem uma relação de cooperação mútua, que se mantém frágil devido ao comportamento explosivo de Cyril. Cécile de France, que trabalhou com Clint Eastwood em ‘Além da vida’ (2010), explora mínimos movimentos para compor uma espécie uma madrinha de contos de fadas que intercepta o desvio de Cyril em direção à delinqüência. Em um momento do filme, a bicicleta de Cyril parece ser a única ligação entre os dois.




O filme será exibido nos dias 1º (quinta) e 02 (sexta), às 18h e 20h30. Dia 04 (domingo), às 10h, 18h e 20h30. 08 (quinta) e 09 (sexta), às 18h e 20h30. Dia 11(domingo), às 10h, 18h e 20h30.

Fonte: Ascom/Secult

domingo, 8 de janeiro de 2012

Leitura de final de semana

Ao receber o livro "O Amigo Bené - fazedor de rumos", organizado pela professora de Literatura da UFPA, Lilia Silvestre Chaves, comecei a viver um outro tipo de relação com os livros(muito influenciada pela leitura de um livro em particular, do qual não falarei ainda aqui), a das obras lidas no final de semana. Nesses períodos de "descanso" estamos mais propensos a ler de forma despretensiosa, sem compromisso e sem estresse. Não precisamos escolher entre trabalho, leitura ou me diversão. Tenho feito os três, porque pra mim, eles acabam se completando. Ler é divertido (e já foi torturante quando eu odiava o material e insistia em ir até o fim).

"Bené" a partir deste final de semana faz parte dessa nova modalidade de leitura que inaugurei no meu cotidiano. Na leitura de final de semana dedico parte do meu tempo 'tempo livre' à ler livros mais "encorpados" no número de páginas, aqueles que a gente não pode transformar em leitura de ônibus, porque são grandes demais pra levar na bolsa e acabam pesando. As minhas costas sempre vão agradecer essa iniciativa.

E tem sido uma leitura gostosa, mesmo com uma ou outra derrapada na escolha, por exemplo, da forma de contar a passagem do filósofo e crítico literário por nosso tempo. Como ele viveu e produziu muito, a organizadora colocou em forma cronológica mesmo, desde o nascimento até morte dele. Em cada data, há notinhas sobre o que ocorreu de importante naquele momento. Ajuda a não se perder no desenrolar da existência de "Bené". Mas chateia e dá vontade de virar a página e partir para a próxima. O problema é que desperta curiosidade também. Você quer saber o que aconteceu naquele ele ou no outro, como foi isso ou aquilo. E Lilia Silvestre apresenta momentos particularmente belos para o leitor mais atento, quando ela resume a morte de Nunes em fevereiro de 2011:

"Em 27 de fevereiro, Benedito Nunes não resistiu às complicações advindas de uma úlcera. Suas cinzas foram depositadas no jardim de sua, e sobre elas plantou-se um filho de sua roseira favorita.

A primeira rosa, vermelha, floresceu dois dias depois."

Entende o que eu digo? A partir daí, o livro é todo costurado por cartas, poemas, lembranças e memórias escritas por amigos, alunos e pessoas próximas ao filósofo...Ainda não cheguei nessa parte e não tenho pressa alguma para terminar o título. Quero ler aos poucos, para escrever sobre. Por isso esse texto não é exatamente sobre o livro. É apenas uma forma de restabelecer contato com este espaço, um tanto abandonado pela rotina de trabalho e dedicação às prioridades da minha vida. Ler é uma delas. Não tenho data ou prazo para acabar "O Amigo Bené - fazedor de rumos". Tenho a impressão que esse é o tipo de leitura que precisa ser lida aos poucos, devagar, com carinho, que desabrocha a cada virada de página dos finais de semana e vai florescendo aos poucos, assim como as flores.

domingo, 23 de outubro de 2011

O disco de Lirinha!

Pra quem andava perguntando pelo ex-vocalista da banda Cordel Fogo Encantado (que também virou ex. Uma pena. Veja aqui, o Lirinha, eis que José da Paes Lira ressurge com o disco "Lira". Baixe, ouça com atenção e tir suas próprias conclusões, =D.


Baixe o disco aqui: http://www.josepaesdelira.net/