Vicente Salles/Foto: Agência Pará
Com uma homenagem solene a alguns dos mais expressivos autores paraenses, o Instituto de Artes do Pará promove na noite desta quinta-feira, 5, o lançamento do Prêmio IAP de Literatura. Este ano, o certame prevê a publicação de dez livros dentre os projetos vencedores, nas categorias Dramaturgia, Conto, Romance, Ensaio, Poesia.
O Prêmio IAP de Literatura, criado em 2002, foi pioneiro na publicação das obras de autores contemplados. Até aqui, 28 títulos de diversos gêneros - conto, romance, poesia, teatro, literatura infantil, dramaturgia, ensaios, auto popular e história em quadrinhos - foram editados graças a essa iniciativa do Governo do Estado.
A solenidade de lançamento do edital, a partir das 19h, começa com a assinatura do documento que estabelece as regras do concurso, pelo presidente do IAP, Heitor Pinheiro. Em seguida será a feita a apresentação dos homenageados. Cada um deles dá nome ao prêmio de uma das categorias em relevo este ano: Nazareno Tourinho (Dramaturgia), Maria Lúcia Medeiros (Conto), Haroldo Maranhão (Romance), Vicente Salles (Ensaio) e Max Martins (Poesia). O Prêmio IAP de Artes Literárias já laureou escritores como Vicente Salles, João Bosco Maia, Nilson Oliveira, Paulo Maués Corrêa, Walter Freitas,Eduardo Meira, entre outros.
REGRAS - Os originais de cada participante serão submetidos a uma comissão julgadora, que indicará e premiará os vencedores. O IAP publicará, em formato de livro tradicional, até dez livros, dentro da coleção especial “Edições Culturais”, com tiragem de 500 exemplares para cada título, podendo ser escolhidas até duas obras de cada categoria.
A primeira tiragem de cada obra premiada será dividida entre o IAP e os autores vencedores, na proporção de 40% para o Instituto e 60% para os artistas. Os exemplares pertencentes ao Instituto serão destinados à divulgação institucional da obra e doação às bibliotecas públicas.
O autor poderá concorrer em vários gêneros simultaneamente, mas somente uma obra, em apenas um dos gêneros, poderá ser selecionada. Eles serão os únicos detentores dos direitos autorais de suas obras, podendo optar por novas edições, em qualquer editora.
HOMENAGEADOS - Maria Lúcia Medeiros nasceu em Bragança, onde passou a infância. Professora da UFPA, fundadora da Casa da Linguagem, reuniu contos nos livros “Zeus ou A menina e os óculos”, “Velas por quem?”, “Quarto de hora”, “Horizonte Silencioso” e “Céu caótico”.
Max Martins nasceu em Belém. Autodidata, foi funcionário público, também fundador da Casa da Linguagem e Patrono da IV Feira do Livro Pan-Amazônico, de 1999. Publicou “O estranho”, “Anti-Retrato” (premiados respectivamente pela APL e Seduc); “Alguns poemas”, “H’era”, “O ovo filosófico”, “O risco subscrito”, “Caminho de Marahu”, “Não para consolar” (Prêmio Olavo Bilac da ABL), entre outros.
Vicente Juarimbu Salles nasceu em Igarapé-Açu, formou-se em Ciências Sociais e como pesquisador destacou a importância do negro na Amazônia. Membro do Conselho de Música Popular do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, é colaborador em jornais e revistas nacionais com trabalhos de grande relevância à compreensão da cultura amazônica. Escreveu dezenas de obras como “O negro na formação da sociedade paraense”, “Vocabulário crioulo”, “Memorial da Cabanagem, entre outras.
Haroldo Maranhão, jornalista, advogado e escritor premiado nacional e internacionalmente, escreveu romances, contos, novelas, dicionários, antologia, diário e literatura infanto-juvenil.
Nazareno Tourinho, dramaturgo premiado no Concurso Latino- Americano de Dramaturgia “Andres Bello”, na Venezuela, em 1985, é membro da APL e teve peças dirigidas por Cláudio Correia e Castro e Wolf Maia.
Fonte: Jeferson Medeiros - Ascom IAP
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