Yorranna Oliveira

Achei a imagem aí de cima pesquisando no Google. E ela define perfeitamente um pouco do que eu sou e da proposta do blog: tem de tudo um pouco, e um pouco de quase tudo o que gosto. Aqui você vai encontrar sempre um papo sobre música, cinema, comunicação, literatura, jornalismo, meio ambiente, tecnologia e qualquer outra coisa capaz de me despertar algo e a vontade de compartilhar com vocês. Entrem e divirtam-se!

sábado, 21 de agosto de 2010

Vou te contar um segredo


Sabe aquele comichão que dá na gente, toda vez que gostamos de um filme? Aquele impulso de vê-lo incontáveis vezes até perder a graça e, mesmo assim, o encanto permanece? Pois é, comigo voltou a acontecer com “O Segredo dos seus Olhos”. Vi o filme tempos depois de ler a resenha do Marcelo Costa, no Scream&Yell. E para quem ainda não viu, acreditem: “O Segredo dos seus Olhos” é exatamente como ele, fabulosamente, descreve. Poucos textos, sobre o melhor filme estrangeiro de 2009, conseguem traduzir com tanta precisão a essência contida nessa pequena obra prima do cinema argentino. Poucos conseguem ir lá no fundo e tocar.


Mas esse não é um texto sobre as qualidades de um escritor. Este é um texto sobre um filme que arrebata e faz você se apaixonar. Aliás, a essência de “O Segredo dos seus Olhos” gira em torno da paixão, de nossas paixões. E você se apaixona por Benjamim Espósito (Ricardo Darín), por Pablo Sandoval (Guilhermo Francella), pela súplica nos olhos de Irene (Soledad Villamil, atriz revelação ). Encanta-se com o amor de Ricardo Morales (Pablo Rugo) pela esposa, morta tragicamente em um estupro, e a sua rotina incansável para capturar o culpado. Morales rouba a cena numa atuação digna de Oscar. E com mesma intensidade vai odiar Isidoro Gómez (Javier Godino), o assassino descoberto pelo olhar obsessivo sobre sua vítima.

Os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também se renderam ao thriler policial, dirigido por Juan José Campanella, com roteiro baseado no livro “La Pregunta de Sus Ojos”, de Eduardo Sacheri. Afinal, o elevaram, em 2010, à categoria de melhor filme estrangeiro.


E qual o segredo do diretor Juan Campanella para conquistar a estatueta dourada? Uma boa história. Ricardo Darín, inclusive, deu esta mesma resposta em uma entrevista coletiva. “Todo mundo gosta de ouvir uma boa história”, disse. Juan a entrelaça em tramas paralelas; atuações no ritmo certo. Coloca doses de suspense, ação (fique atento à cena no Estádio Huracán, com um plano - sequência de quase seis minutos - o que o diretor faz com a câmera impreesiona e tira o fôlego). De quebra, Campanella temperou tudo com drama, romance e humor – Guilhermo rende cenas impagáveis e dá o tom de leveza ao enredo. E graças a ele, também, desvendamos o segredo do assassino. “Podemos mudar tudo na vida, menos uma paixão”.

OBS.: E engana-se quem pensa que já contei o filme inteiro. O desfecho da narrativa surpreende.

Fotos: Divulgação

Veja o trailer do filme:

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