Nós, da esquerda da comunicação, sempre criticamos as Organizações Roberto Marinho e suas seguidoras, vide caso das Organizações Rômulo Maiorana. Mas, convenhamos, quando querem e podem, a equipe de jornalismo do grupo local sabe fazer prestar bons serviços à comunidade.
Hoje assisti com prazer à 1ª edição do jornal Liberal. Fui agraciada com a delicadeza da homenagem ao escritor Max Martins. Max, morreu na tarde de ontem, de falência múltila dos órgãos, num hospital particular, onde estava internado.
A última matéria do jornal falava sobre a vida e obra do poeta paraense, de 82 anos. No final do programa, a equipe do informativo colocou na tela o poema Ver-o-Peso, que reproduzo abaixo. Na sequencia, o som dos créditos do programa foi calado, somente o silêncio acompanhou a súbida de cada palavra.
A canoa traz o homem
a canoa traz o peixe
a canoa tem um nome
no mercado deixa o peixe
no mercado encontra a fome
.
a balança pesa o peixe
a balança pesa o homem
a balança pesa a fome
a balança vende o homem
vende o nome
vende o peso
.
peso de ferro
- homem de
barro
.
vende o peixe
vende a fome
vende e come
a fome
vem de longe
nas canoas
ver o peso
.
come o peixe
o peixe come
o homem?
.
pese o peixe
pese o homem
o peixe é preso
o homem está preso
presa da fome
.
ver o peixe
ver o homem
vera morte
vero peso.
.
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