O tempo vai mudando. E as cobranças das mães vão se adequando a ele também. Quando eu tinha 16 anos, minha mãe me cobrava mais rigor nos estudos (até os 15 eu era aluna exemplar, mas bastou entrar no cursinho pra eu largar temporariamente a vida burocrática dos vestibulandos), porque só assim, Yorranna aqui, passaria no vestibular.
Entrei na faculdade. Novas cobranças pra que eu me dedicasse mais e sempre tirasse boas notas (isso sempre ocorreu, usando minha tática de ler por prazer. NUNCA por obrigação). Pra minha mãe, não combinava eu ir tanto ao cinema, ler tanto todo tipo de livro(menos de autoajuda, claro), ouvir música, ir a shows, querer viajar e conhecer mais pessoas, culturas, vidas e lugares, e falar e discutir essas questões. E eu sempre argumentava que essas atividades eram fundamentais na profissão escolhida por mim. Jornalista que não lê, não tem cultura ampla, e nem busca ter, não é jornalista. E por falar nisso, vale lembrar: ela nunca inplicou com a minha escolha profissional.
Hoje, minha mãe me cobra um emprego decente e burocrático. Me aconselha a largar os freelas e as roubadas, como por exemplo viagens a trabalho, onde eu literalmente naufrago. "Não se meta mais em barca furada, minha filha", ela disse, ao saber que naufraguei na Resex Verde Para Sempre, em Porto de MOz (PA). Parece até piada falar em barca furada com uma náufraga.
Ela já esteve na fase namorados decentes para apresentar. E a mais nova: você devia se casar (aos 21 anos? tá bom, mãe)....aliada ao: você tem que passar um tempo lá no sítio, pra vê se engorda um pouquinho.
As mães, todas iguais.
2 comentários:
É..Nesse caso é melhor você continuar desobecendo sua mãe.
Em partes, né?!!Se desobedecer demais posso ficar pra titia, rsrs.
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